Literatura é a arte de colocar as palavras pela ordem certa. Não sei quem disse isto. Mas é verdade. Ontem fui à antestreia do novo filme do 007 e fiquei a pensar se não se passará um pouco o mesmo com o cinema. Na verdade cinema e literatura têm muitos pontos de contacto. Na tela, como no papel, arte também é dizer coisas complicas de forma simples ou dizer coisas simples de forma complicada. O que já me faz mais confusão é que certos autores continuem a dizer coisas complicadas de forma muito complicada… tanto, que nem eles próprios entendem. Aliás, ninguém entende. Mas o importante é que alguns continuem a comprar… o “Rei vai Nu”.
Voltando ao 007, o filme é tão mau que saí ao intervalo. Nem complicado nem simples! É mesmo mau. Para agravar, o realizador cola cenas umas às outras com uma tal velocidade e frequência – certamente na tentativa de dar ritmo ao que não tem – que se torna quase impossível percebermos em que posições estão os protagonistas.
Uma das coisas que me têm dito acerca do livro que escrevi é que “se lê muito bem”.
Pois… talvez ainda não tenha publicado coisas simples ditas de forma complicada, mas pelo menos, já escrevi um livro que explica coisas complicas de uma forma simples!
PS: o filme é tão mau que nem tenho curiosidade em saber o resto da história... que história?
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Há 11 anos
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