Valentim Loureiro tem muitos defeitos. Mas tem a virtude de perceber muito bem as regras da autoridade e da sua importância. Ontem, no meu novo blog, escrevi sobre isso em relação ao professores e, de facto, hoje estamos a ver as consequências. Se há coisa que o Major nunca fez foi incentivar manifestações de rua, nem sequer a seu favor. E isso vale-lhe autoridade. No meu livro, escrevo sobre isso, num episódio onde entra a actual Ministra da Educação. Fica o excerto:
A relação de Valentim Loureiro com as crianças e jovens é muito curiosa, porque o Major capta, nos miúdos, uma curiosidade e simpatia surpreendentes. As crianças chamam-lhe o meu presidente, e esta expressão é repetida tanto para os mais pequenos como para os mais crescidos, que defendem Valentim com toda a valentia perante colegas de fora do concelho. Ouvi este tipo de expressão muitas vezes em escolas secundárias e preparatórias, em visitas oficias, onde o Major foi sempre recebido com grande alegria e respeito. Mesmo para a ministra da educação, no pior período de contestação à sua governação, entrar numa escola ao lado de Valentim constituiu uma espécie de protecção e garantia de respeito. Paradoxalmente, a voz de trovão do Major e o seu estilo truculento e combativo não assustam os miúdos, bem pelo contrário. Ao verem Valentim Loureiro, os petizes correm para os seus braços, dão-lhe as mãos e tratam-no com a alegria e o carinho com que tratariam uma figura Disney, como o Donald ou o Bambi ou, se preferirmos, como se fosse o avô.
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Há 11 anos
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