Méritos, Truques e Habilidades Populistas

Os três anos mais conturbados da vida do autarca de Gondomar, contados em 200 páginas pelo seu ex-assessor de imprensa. Uma reflexão sobre o populismo e sobre o estado da política portuguesa... um verdadeiro manual sobre como ganhar eleições em Portugal

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A crónica de Luís Pedro Nunes na "Única", a acupunctura do Major e os 134 milhões que o Estado gastou em consultores

Luís Pedro Nunes escreve todas as semanas na revista Única, do Expresso, mas o seu trabalho como director do jornal humorístico "Inimigo Público" (suplemento do Público) e como membro do "Eixo do Mal", emitido na SIC, é igualmente relevante.
No sábado passado, a crónica que assina na Única tinha como título "As massagens do Major e da AIG" numa curiosa alusão ao valor relativo das coisas. Conta, por isso, parte de um dos episódios que escrevo no meu livro, dando a conhecer uma conversa que Valentim Loureiro teve com um técnico de acupunctura, pouco antes de uma conferência de imprensa. O Major tinha acabado de ser sujeito a uma sessão terapêutica e, quando ia pagar, deu uma lição de marketing comercial ao rapaz que lhe tinha espetado as pequenas agulhas.
Luís Pedro Nunes usa esse exemplo para mostra como é relativo e, por vezes, enganador o preço e o valor das coisas, lembrando os custos que administradores da seguradora AIG terão tido na sequência de festas ou reuniões de interesse duvidoso, pelo menos, para o comum dos mortais.
Na verdade, o Luís Pedro tem razão e a comparação nem é disparatada. Por vezes, ouvimos falar de certos custos que o próprio Estado tem e nem sempre entendemos a sua real dimensão. É que, quando a conta passa para o lado dos "milhões", nós (a classe média), deixamos de saber o que é muito ou pouco. Gastar 15 milhões ou 150 milhões num estudo de consultadoria que o Governo encomendou para a construção de uma coisa como um aeroporto, é, para nós, igual.
Se falarmos de uma refeição ou de um custo com um hotel, conseguimos perceber que há diferença entre 50 euros ou 500 euros, mas a nossa percepção da dimensão dos custos termina quando saltamos a casa dos seis dígitos.
E disso se valem, muitas vezes, os políticos, governantes e empresários. Valem-se da falta de termo de comparação e da natural falta de percepção que o cidadão normal tem quando se fala de verbas que não estão dentro daquilo que é o seu próprio universo de gastos.
No meu livro, conto os bastidores de uma conferência de imprensa que Valentim Loureiro deu a propósito dos cartões de crédito da Metro do Porto. E esse é, agora, um bom exemplo. Num relatório do Tribunal de Contas onde se criticava quase tudo, em 700 páginas, e onde se punham em causa gastos no valor de milhões de euros em obras da empresa que era presidida por Valentim Loureiro, aquilo que a opinião pública reteve com maior facilidade, foi o plafond de 750 euros que os administradores teriam num cartão de crédito. Essa foi a notícia, e foi isso que foi posto em causa. E porque? Porque esse era o ponto de contacto dos cidadãos com a realidade.
De resto, as notícias de gastos de milhões passam, normalmente ao lado da opinião pública, que nem faz o menor esforço para avaliar a sua utilidade. No entanto, o ordenado do Direcor-Geral das Finanças já é capaz de escandalizar muita gente.
Vem isto a propósito do recente relatório do Tribunal de Contas que indica que o Estado terá gasto, desde 2004, 134,4 milhões de euros em consultores, quase sempre sem concurso, sem obedecer a regras de contratação e sem haver, sequer, consulta ao mercado.
Quantas pessoas, dois dias depois, ainda se lembrarão desta história? E do valor? E do seu significado? Quase nenhumas!
No entanto, se a notícia fosse que José Sócrates tinha comprado uns sapatos por 400 euros e o Governo os tivesse pago... daqui a 10 anos, ainda nos lembraríamos disso, como todos ainda recordam a rábula do "Gato Fedorento" a desfraldar uma tira de cartões de crédito de Valentim Loureiro.

Na verdade, o político "mais inteligente" não é o que compra os sapatos, mas o que os dá a comprar aos outros e, de preferência, em quantidade suficiente que obrigue o valor a subir acima dos milhões, para ninguém perceber.
Sobre a notícia dos gastos de 134,4 milhões de euros com os consultores apenas gostaria de perguntar o seguinte: mas então, além do relatório do Tribunal de Contas e da notícia que já todos quase apagámos da memória, o Ministério Público não investiga? Quem foram os consultores? Que ligações tinham a quem lhes adjudicou os serviços? Porque adjudicou? QUEM adjudicou?
Por mais que se condene Valentim Loureiro em muitos dos seus actos (e eu não sou nem Juiz nem sua testemunha de defesa em nenhum processo), a verdade é que a única condenação de que o Major foi alvo pela Justiça no exercício de funções políticas, foi a de ter adjudicado, sem concurso, a produção de uma revista por 19 mil euros! Disse o Juiz, que a adjudicou a um amigo, favorecendo-o, apesar de ter regateado o preço que inicialmente era mais elevado.
Certamente, Valentim Loureiro até foi bem condenado nesse processo e não sou eu quem saberá contestar a bondade da decisão judicial! Mas, então, e os 134,4 milhões de euros que o Estado gastou… sem poder gastar? Não haverá, pelo meio dessas contratações astronómicas, sem concurso, indícios de favorecimento a alguém? Ou seja, ninguém suspeita aqui de crimes de prevaricação? Estará o Ministério Público a investigar? Há notícia disso?
Naaa! Haveria se José Sócrates tivesse comprado os tais sapatos… ou se fosse uma revista em Gondomar... Felgueiras, Oeiras... ou coisa assim, pequena!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Direito de Resposta

Na sequência DISTO, a Focus publicou ontem isto:








Como facilmente se percebe (e eu previa)... a publicação desta nota na página das "cartas do leitor" não respeita a Lei de Imprensa. Ou alguém poderá pensar que o destaque deste texto é equivalente ao da notícia que o originou?

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Major falou sobre o livro na TVI


Júlia Pinheiro entrevistou esta tarde, na TVI, o autor e o protagonista do livro, A VARINHA MÁGICA DE VALENTIM LOUREIRO. Começando a entrevista apenas com o ex-assessor do Major, a apresentadora e jornalista da TVI acabou por chamar o Major, que comentou pela primeira vez o livro. Entre o muito que disse no programa "As Tardes da Júlia", o presidente da Câmara de Gondomar acabou por reconhecer que o livro representa bem aquilo que ele é e, sobretudo, quais os seus truques para conquistar o eleitorado.
Uma das afirmações mais interessantes foi quando Valentim Loureiro reconheceu que, muitas vezes, o seu "perdão" a quem supostamente lhe faz mal... não é do coração, mas é puramente estratégico! Conforme, aliás, o autor sustenta no seu livro.
Júlia Pinheiro acabou por explorar alguns dos episódios relatados por Nuno Nogueira Santos na obra editada pela Prime Books, entre os quais, um passeio de MINI Cooper em Gondomar, as missas durante as sardinhadas, os jantares e almoços com idosos e os voos de avião dos alunos a Lisboa.
Ponto alto foi a descrição de uma sessão de acupunctura a que Valentim Loureiro se sujeitou... antes de uma conferência de imprensa que deu na sede do seu adversário (!!!) em plena campanha eleitoral.
Sem desmentir nenhum dos factos relatados no livro (mesmo os mais controversos e negativos para si), Valentim Loureiro assumiu-se "imune às balas"!

A "VARINHA MÁGICA" NA TVI


Hoje, pelas 16 horas, vou estar na TVI para falar do livro. Será um boa oportunidade para explicar as minhas motivações, um dia antes da apresentação na Bertrand do Parque Nascente, em Gondomar.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Apresentação em Gondomar - Quinta-feira, dia 30 de Outubro, pelas 21,30 horas na Bertrand do C.C. Parque Nascente

O livro "A Varinha Mágica de Valentim Loureiro" vai ser apresentado na próxima quinta-feira, dia 30 de Outubro, pelas 21,30 horas, na Livraria Bertrand no piso superior do Centro Comercial Parque Nascente, em Gondomar. Será a segunda apresentação do livro editado pela Prime Books, depois do lançamento oficial, destinado à imprensa, e que decorreu no Porto. Valentim Loureiro também está convidado.
A apresentação é aberta a toda a gente que a ela queira assistir.

Como fui constituído arguido pelo MP... ou as "amplas liberdades" de um comunista!

Tirar uma fotografia a uma manifestação da CDU pode ser perigoso? Talvez não! Mas por vezes pergunto-me sobre se Portugal é realmente livre. Se há muitos motivos para pensarmos que sim, há também alguns que nos podem levar a acharmos que não. Ainda assim - do mal, o menos - é um país onde a liberdade de expressão vai tendo o seu espaço. É sempre possível escrevermos um livro, fazermos um blog ou mesmo darmos uns gritos, sem que nada de muito mau nos possa acontecer. Não é que os viciados na repressão não tentem encontrar formas de intimidar os outros. Mas... vai-se conseguindo ultrapassar isso, com calma e com coragem!
No livro que escrevi - A VARINHA MÁGICA DE VALENTIM LOUREIRO - conto um episódio que se passou comigo.
Inacreditavelmente, 34 anos após a Revolução dos Cravos, fui constituído arguido pelo Ministério Público, que assim me manteve (com Termo de Identidade e Residência) durante um ano exacto! E porquê?
Por ter tirado um fotografia a uma manifestação!!!
Na verdade, o mais incrível dessa história, é ter sido constituído arguido porque um "destacado dirigente do PCP" apresentou queixa contra mim, usando e abusando da sobrecarregada máquina da Justiça para me tentar intimidar.
Apesar de me ter conseguido sujeitar a essa condição e a um interrogatória judicial, a verdade é que falhou nessa sua pretensão!
A história completa conto-a no meu livro, fazendo questão de publicar a controversa fotografia que ofendeu um comunista convicto... das "amplas liberdades"!
PS. como escrevo no livro, e para que fique claro, nada tenho contra o PCP ou os seus dirigentes. Sempre convivi bem com familiares, amigos e colegas de esquerda e até com dirigentes comunistas, enquanto fui jornalista. A história que conto é apenas, e só, um episódio caricato que pretende ilustrar a forma como funciona a Justiça, a cabeça de alguns dirigentes partidários e a forma como Valentim Loureiro enfrenta situações adversas.

sábado, 25 de outubro de 2008

Mais um pedaço do meu livro que deixo cair para a blogosfera...

(...) Mas o Major não resistia e foi apelidando Marques Mendes de quase tudo. Uma vez, aos microfones da SIC chamou-lhe terminação, outra pequeno líder, frequentemente dizia que o líder do PSD não tinha estatura para o cargo. Confesso que este tipo de linguagem me incomodava um pouco, por formação. Mas também digo, com a mesma frontalidade, que havia um pormenor a que achava muita piada. É que Valentim Loureiro não é maior do que Marques Mendes! Esse facto nunca foi contestado, curiosamente, nem houve muita gente a dar conta disso! Apenas uma jornalista, um dia, me telefonou a perguntar a altura do Major porque queria compará-la à de Marques Mendes. Como não sabia a do líder do PSD, calculei a do Major e somei-lhe 5 centímetros. Não me recordo de tal peça ser publicada!
Só recentemente li num blog que entre Luís Filipe Menezes e Marques Mendes haveria apenas 2,5 cm de diferença. Mesmo desconfiando da precisão da medição, admito que sim, que nenhum dos três se destaque pela estatura física. (...)

Apresentação em Gondomar


Depois do lançamento oficial destinado fundamentalmente à comunicação social e que decorreu na Livraria Bertrand de Júlio Dinis, no Porto, o livro A VARINHA MÁGICA DE VALENTIM LOUREIRO será apresentado em Gondomar. Esta segunda apresentação destina-se a todos os gondomarenses que queiram conhecer melhor o livro e contactar de perto com o autor. O local e a hora serão divulgados brevemente, aqui no blog. Se quiser receber um convite via e-mail, envie-nos o seu contacto electrónico para AQUI, manifestando esse desejo.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O "corta e cose" das notícias

Sempre gostei de brincar com o photoshop (como se prova pela brincadeira que fiz no último post, colocando uma verdadeira varinha mágica na mão do major)... por isso, aqui fica mais uma montagem com as mais recentes notícias acerca do livro, publicadas em papel.
É uma espécie de "corta e cose" digital.
Conheço alguns jornalistas que se viciam nesse prazer... a que chamo, pomposamente, mimetismo, no meu livro.
Como diria o Octávio Machado: "vocês sabem do que eu estou a falar"...

A prova que faltava e o Prefácio de Jorge Morgado


Ainda não me tinha referido neste blog ao prefácio do livro A Varinha Mágica de Valentim Loureiro. Pedi ao meu amigo Jorge Morgado que o escrevesse, tanto mais que ele foi o primeiro jornalista a relatar a entrega de electrodomésticos por Valentim Loureiro em Gondomar (que o livro explica em pormenor). O actual director de comunicação da Metro do Porto, em muito menos páginas do que eu, resume de forma brilhante a personalidade do Major. Aqui fica um pequeno excerto e uma foto ilustrativa publicada apenas aqui no blog (obviamente, é uma montagem).

"Eu terei sido das primeiras pessoas a ver Valentim Loureiro distribuir electrodomésticos. E, enquanto jornalista, fui seguramente o primeiro a relatar aquela prática, que viria a tornar-se imagem de marca do Major. Longe estaria sequer de supor que, mais tarde e durante anos a fio, teria que conviver frequentemente com essa história e habituar-me a explicá-la com regularidade."
(...)
"O excesso de exposição mediática – que conduziu a uma saturação perfeitamente escusada –, e um incontornável défice de contenção verbal levaram o Major a envolver-se (a vontade de participar foi sempre um dos seus ímpetos mais dificilmente moderáveis), em polémicas que nem sempre o favoreceram. Lembro-me, por exemplo, do Mundial de Futebol de 2002 e da sua apaixonada defesa da agressão de João Vieira Pinto a um árbitro. Foi, que me recorde, o único português a fazê-lo, defendendo o jogador durante semanas a fio, contra tudo o que ditaria o politicamente correcto e a moderação, dois argumentos que nunca o preocuparam demasiado."
(...)

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Onde comprar?

Respondendo a "várias famílias", o livro encontra-se à venda nas principais livrarias nacionais, nomeadamente, Bertrand, FNAC, Leitura, etc. Dependendo da distribuição, chegará também a outros locais, bem como às grandes superfícies (já está disponível no Jumbo). Se quiser comprar o livro com 10% de desconto sobre o preço do editor, poderá recebê-lo, sem pagar portes de correio, em sua casa, bastando para tal clicar no link acima deste post e seguir as indicações no site da Prime Books.




















(montra da Livraria Bertrand no Centro Comercial Parque Nascente)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Falta de rigor: o cancro do jornalismo






Na página 87 do meu livro, escrevo o seguinte:

"O pior dos enganos não é a grosseira mentira que cai de madura em três dias, mas a falta de rigor! Esse tem sido, na minha opinião, o principal cancro do jornalismo (...)"

Esta afirmação vem a propósito de uma notícia hoje publicada na revista Focus e que motivou já um pedido meu de publicação de Direito de Resposta e Rectificação ao abrigo da Lei de Imprensa. Para melhor esclarecimento, coloco aqui a notícia da Focus e uma cópia da página 43 do meu livro sobre o mesmo assunto. Comparem o que está publicado no livro com o que me atribuem na notícia da Focus e digam-me se tenho ou não razão.

Os jornalistas/políticos, os técnicos/jornalistas e os políticos/técnicos


Um destes dias, participei num jantar debate sobre o TGV. A iniciativa pertenceu a uma associação portuense que convidou, entre outros, a Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, o Professor Álvaro Costa, da Universidade do Porto, e o jornalista Carlos Magno.
Foi muito interessante assistir ao desenrolar da conversa, em jeito informal, que me foi dando pessoalmente argumentos para aceitar essa obra pública como boa e cuja utilidade ainda não tinha conseguido entender.
De qualquer forma, serve este exemplo para ilustrar (e aplicar a Portugal) aquilo que ontem postei acerca de Obama e McCain. Isto é, acerca do medo de errar, que é tal, que leva os políticos a inverterem a sua própria razão de existir.
Nesse jantar debate a que assisti, a Secretária de Estado Ana Paula Vitorino fez uma longa e técnica explicação acerca do TGV. Percebemos todos. Depois, veio o Professor Álvaro Costa, e fez a apologia da prioridade a Norte, para aquela obra. De seguida, um espanhol, representante do projecto espanhol do TGV na Galiza, explicou-nos o que se vai passar do lado de lá da fronteira, quanto à linha Porto-Vigo.
Finalmente, Carlos Magno, elogiou “a Ana Paula”, com quem acabara de jantar e elogiou, sobretudo, o seu discurso “engenheiral”.
Ora, eu não elogio os governantes quando eles têm discurso “engenheirais”. E não me refiro, concretamente, àquele jantar que, além de agradável, até seria um bom local para se inverterem papeis. Mas, o facto, é que em Portugal se assiste actualmente a um enorme medo de fazer política.
Aquilo a que assisti naquela noite é, afinal, muito parecido com o que tem sido a vida política portuguesa. Os políticos falam como técnicos, os técnicos são mais mediáticos que os jornalistas e os jornalistas fazem política…
De facto, a política está tão desacreditada, que nem os políticos conseguem assumir as suas próprias convicções. Para darem um passo, encomendam 20 estudos que possam sustentar o que querem fazer, sem terem que o assumir politicamente.
Gostava, por uma vez, de ver os políticos fazerem política, assumindo os erros, quando os houver, e credibilizando a sua própria existência, sem terem que se pendurar permanentemente nas opiniões dos técnicos e no aval dos jornalistas. Claro que os estudos são necessários e que a crítica jornalística pode e deve ser pertinente, mas, neste momento, a inversão de valores é total.
No meio de tudo isto, chocou-me algo que ninguém deve ter reparado. Enquanto, naquela sala, ouvíamos Carlos Magno fazer política, Álvaro Costa passar por jornalista e a “Ana Paula” fingir ser um técnico, o “nosso amigo espanhol” (como alguém a ele sse referiu), acabou por nos dizer onde passará o TGV na Galiza, quantas pontes terá, quantos túneis atravessará, qual a profundidade dos túneis, como entra nas cidades, onde serão as estações, quando estará pronto e quanto custa. Além do mais, que me lembre, foi o único orador que tratou "a Ana Paula" por "senhora Secretária de Estado"!
Voltando a concordar que, de vez em quando, faz sentido invertermos os papéis e discutirmos informalmente estas questões, na verdade, a vida política portuguesa tem sido isto. Falamos muito, ninguém assume as suas reais responsabilidades políticas com coragem e, no final, ouvimos dizer que Espanha já fez ou já está a fazer…

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Uma gaffe, um pedido de desculpas a João Semedo e o medo de errar em Obama e McCain

No lançamento do livro terão estado cerca de 100 pessoas. Entre essas pessoas, alguns amigos e familiares. As suas opiniões acerca do que escrevo são fundamentais e quase superam a satisfação de saber que o livro vende bem e, por isso, é lido por esse país fora.
Mas é ainda com maior satisfação que vou sabendo da opinião de gente da política, do jornalismo, da comunicação. Sempre disse, que gostava que o meu livro fosse também lido nessa perspectiva técnica.
Entre os telefonemas e mensagens que tenho recebido, uma recordou-me ontem um dos episódios que relato no livro.
É um episódio que se refere a uma gaffe cometida por mim, quando, minutos antes de um debate autárquico na Rádio Renascença, cometi uma infelicidade enquanto tomava café com o moderador. A minha gaffe consistiu em ser pouco delicado ao referir-me ao candidato do Bloco de Esquerda, João Semedo, sem me aperceber que este poderia estar a ouvir, uma vez que se encontrava atrás de mim.
Esse meu momento infeliz fez-me meditar. Na altura e agora. Na verdade, não cheguei a saber se João Semedo ouviu a minha conversa com o jornalista da Rádio Renascença. Mas quando acabei de proferir uma frase menos elegante referindo-me ao adversário político de Valentim Loureiro, dei de caras com ele. O que me perturbou foi ter tido a plena consciência de que, além de político e adversário, João Semedo é pessoa humana.
Serviu esse episódio para tentar demonstrar que, por detrás de cada julgamento sumário, de cada erro ou leitura precipitada que, por vezes, temos tendência a fazer sobre quem apenas conhecemos dos ecrãs e dos jornais, há pessoas como nós. Pessoas que também erram que também cometem gaffes e que, por vezes, se sentem injustiçadas pelas leituras apriorísticas que fazemos sobre todos os seus actos.
A vida pública e, em particular a vida política, tem-se especializado neste tipo de julgamento. E não se pense que esse é um mal português. Uma gaffe, um erro humano, uma infelicidade podem deitar por terra uma eleição… mas apenas se for público. Também no meu livro, aludo ao que aconteceu com Manuel Maria Carrilho e Carmona Rodrigues, em Lisboa, no célebre aperto de mão no final de um debate, revelo o que aconteceu nos bastidores de debates contemporâneos, com Valentim Loureiro, e nunca foi notícia, mas também procuro mostrar como é injusto, por vezes, este mundo global da comunicação.
Ainda há dias, a propósito das eleições nos Estados Unidos, via na televisão uma reportagem sobre a história das gaffes cometidas por candidatos presidenciais no passado. Num dos casos, a gaffe terá sido o candidato ter olhado para o relógio durante um debate. Esse gesto pode ter custado uma eleição e pode ter alterado o rumo dos Estados Unidos, que é como dizer, do Mundo.
Nas palavras de Obama e McCain consigo ler, mais do que propostas concretas para transformar para melhor a vida das pessoas, o pânico de também cometerem uma gaffe, que os tornará “carne para canhão” na injusta “guerra mediática”.
Tenho pena que assim seja. Tenho pena que hoje se exija à figura pública qualidades inumanas e não, qualidades de ser humano que possam ajudar-nos a sermos mais felizes.
No meio de tudo isto, e voltando ao início deste post, a mensagem que o José Carlos Gomes (ex-assessor do Bloco de Esquerda na campanha Autárquica de 2005) me enviou para o e-mail, vale muito para mim.
Quanto mais não seja, prova-me que já valeu a pena ter pedido desculpa a João Semedo no livro que escrevi.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Leituras "apriorísticas"










Para quem nunca tinha editado, é interessante ver o seu trabalho nas montras ou nas prateleiras dos destaques de uma livraria Bertrand, Leitura, na FNAC e (porque não) mesmo no Jumbo. Mas, o importante é que as pessoas possam ler o que escrevi e procurem entender o que pretendo afirmar. Quanto aos comentários apriorísticos ao livro, são próprios de uma sociedade pouco letrada a que começo a já estar habituado...

domingo, 19 de outubro de 2008

Queixa na ERC contra o provedor da RTP (continuação)

Este é o terceiro e último post contendo excertos do meu livro, a propósito da célebre entrevista de Valentim Loureiro à RTP. Uma entrevista que culminaria numa queixa à ERC e que teria da entidade reguladora uma resposta surrealista. Aliás, com esta resolução, a ERC atribui a um homem (Paquete de Oliveira) um direito que até ali só o Presidente da República tinha, o de ir à RTP falar o que quer sem ninguém o questionar nem poder ser escurtinado por ninguém: nem pela direcção da RTP nem pela própria ERC. Se o Professor Cavaco Silva está preocupado com o Estatuto Regional dos Açores, penso que deveria também estar preocupado com o Estatuto do Provedor do Telespectador da RTP... ou nem tanto com o estatuto, mas mais com a forma como a ERC o lê! Afinal, há alguém em Portugal com tanto poder em antena como ele.

Leia, a seguir, alguns excertos do livro "A Varinha Mágica de Valentim Loureiro":

(...)
Nem o interesse demonstrado por mais de um milhão de portugueses na entrevista que Valentim Loureiro deu a Judite de Sousa parece ter convencido o provedor do telespectador da RTP. Nove dias depois da entrevista, a 31 de Março, Paquete de Oliveira voltou a atacar, conforme a premonição do jornal Tal & Qual.
Fazendo uso do tempo de antena que a Lei lhe confere, ao atribuir-lhe um programa em horário nobre na RTP, com o objectivo de responder às queixas e questões dos telespectadores, o provedor tentou humilhar o Major. Fez, para isso, uma emissão de A Voz do Cidadão dirigida contra Valentim Loureiro, procurando demonstrar que a RTP não lhe deveria ter dado palco com a Grande Entrevista.

(...)
Das palavras do próprio provedor durante esse programa, cito as seguintes afirmações:
O gabinete do provedor recebeu muitos protestos pelo facto da RTP ter transmitido, na passada semana, uma grande entrevista com Valentim Loureiro. Indignavam-se - era o termo - conceder essa oportunidade a um cidadão, neste momento, acusado de vários crimes. Achavam grave a RTP contribuir para satisfazer o desejo expresso por Valentim Loureiro de ser julgado através da televisão. Vamos dar atenção a este caso.
Mais adiante disse mesmo:
Parece estarmos perante um caso em que o interesse jornalístico choca com o princípio de igualdade de tratamento que está assegurado a todo e qualquer cidadão. O que está causa nesta entrevista é a situação de privilegiar pessoas, porventura, pela sua notoriedade, ou a pedido. Esta entrevista terá servido Valentim Loureiro. Não me parece ter servido a cidadania.
Ignorando os seus deveres legais e os preceitos a que se obriga o provedor do telespectador nos seus próprios estatutos, Paquete de Oliveira e o seu gabinete foram ainda mais longe, não procurando na direcção da RTP qualquer reacção ou explicação, limitando-se a transmitir queixas. Por outro lado, não ouviu os visados, nomeadamente o Major Valentim Loureiro, a quem deveria ter sido dada a possibilidade de se manifestar ou, no mínimo, alguém por ele, explicando a sua posição. Pior ainda, a jornalista Judite de Sousa também não foi ouvida. Judite de Sousa viria, aliás, a apresentar queixa junto do provedor, por não lhe ter sido dada essa possibilidade. No seu relatório anual, Paquete de Oliveira faz referência a essa queixa apresentada pela jornalista, mas não transcreve a sua resposta nem explica o porquê dessa sua actuação parcial.

O provedor não cumpriu, portanto, a sua obrigação e abusou simplesmente do tempo de antena de que dispõe. Um direito, contudo, muito especial e que a Lei lhe atribui com fins muito específicos, e cujo único objectivo deverá ser o de esclarecer o telespectador e procurar junto dos visados respostas. No final, poderá, então, dar o seu parecer.
Mas… Paquete de Oliveira foi ainda mais longe. Colocando a cereja no cimo do bolo, iniciou o seu programa com imagens de Valentim Loureiro, vinte anos antes, num talk-show da RTP, cantando o fado. Juntou ainda imagens de Valentim Loureiro a entrar no Tribunal de Gondomar, para completar o quadro. Estava, por isso, totalmente cumprida a premonição do Tal & Qual.
O provedor estava a actuar. Muito para além do que a Lei lhe confere, é certo, mas estava a actuar.

(...)
Estudei a Lei e fiquei a saber que diz textualmente o seguinte:
O provedor do ouvinte e provedor do telespectador devem ouvir o director de informação ou o director de programação, consoante a matéria em apreço, e as pessoas alvo de queixas ou sugestões, previamente à adopção de pareceres, procedendo à divulgação das respectivas opiniões.
Ora, o provedor não apenas não fez nada disso, como ainda usou o tempo de antena que a Lei lhe confere para humilhar um cidadão, dando a sua opinião sobre o assunto e não consultando ninguém. Pior do que isso, o provedor usou abusivamente o arquivo da RTP e esqueceu passagens da própria entrevista, que desmontava a sua tese. Durante a entrevista a Judite de Sousa, Valentim Loureiro desmentiu ter feito a afirmação de que queria ser julgado
na TV, mas o provedor baseou toda a sua teoria no pressuposto contrário.

(...)
Entrei, então, em contacto com a chefe de gabinete do provedor, a jornalista Fernanda Mestrinho. Tratando-se de uma jornalista, julguei que iria receber da sua parte alguma compreensão e que me ajudasse a explicar ao Major o que tinha passado pela cabeça do provedor naquele dia. Sobretudo, procurava que o espírito inventivo do seu gabinete encontrasse uma forma de pedir desculpas pela forma como o assunto tinha sido abordado no programa. No entanto, falar com Fernanda Mestrinho foi a mesma coisa que falar com um burocrata de um país da América do Sul. O resultado foi nulo. Para a chefe de gabinete de Paquete de Oliveira, ele faz o que quer e ponto final… e com o seu apoio, claro. Fiquei, por isso, com a sensação de estar a tentar dialogar com o chefe da casa civil de Hugo Chavez e desliguei o telefone, procurando outras soluções.
Propus então a Valentim Loureiro fazer uma queixa contra o programa dirigida à E.R.C. - Entidade Reguladora da Comunicação Social, tanto mais que a direcção da RTP não tem, sobre este programa específico, qualquer poder ou responsabilidade. A própria RTP era, aliás, criticada pelo provedor e a dignidade profissional de Judite de Sousa não ficava muito bem na fotografia
traçada por Paquete de Oliveira.
Fiz questão de assinar eu próprio a queixa.
A E.R.C. viria a deliberar sobre o assunto a 31 de Maio de 2007. Mas… deliberava que… não iria deliberar.
Numa resolução que mereceu voto favorável de apenas três dos seus cinco membros, a E.R.C. deliberou não se considerar competente para conhecer a queixa, já que a lei que estabelece o estatuto do provedor não confere àquela entidade a supervisão do provedor do telespectador, justificando com o facto do seu programa não estar sob a alçada da direcção da RTP. Mais adiante, esclarece que o queixoso poderia ter recorrido à figura do direito de resposta, dizendo
que esse é um direito constitucional.
Ora, pergunto eu: e se o provedor e a sua chefe de gabinete se recusassem a publicar o direito de resposta? Cabe à E.R.C. fazer cumprir esse direito! Numa penada, a E.R.C. sacudia a água do capote, considerando que o programa do provedor não é comunicação social, sugerindo, de seguida, que queixoso usasse um preceito a que estão obrigados os órgãos de comunicação social… e que ela própria (E.R.C.) tem a obrigação de fazer cumprir. Esta E.R.C., que se obriga a assistir às arbitrariedade e violações do senhor provedor, é a mesma que se acha no direito de supervisionar e multar boletins municipais e sites das câmaras municipais, obrigando-as a preceitos destinados a órgãos de comunicação social.
Mesmo com bandidos e com Hugo Chavez a presidente, ponderei, por aqueles dias, emigrar para a Venezuela.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

(continuação) depois da entrevista

(...) mas o ânimo de Valentim Loureiro apenas subiu verdadeiramente com os telefonemas que fomos recebendo a caminho do Porto. O meu telefone e o do Major nunca pararam durante as três horas de viagem. Ilustres políticos, dirigentes desportivos e até muitos jornalistas ligaram a dar os parabéns. Finalmente, sentia-se que, pelo menos uma parte dos portugueses, tinha entendido qual o envolvimento de Valentim Loureiro no Apito Dourado.
A entrevista teve 24,4 por cento de share total e 9,2 por cento de audiência total, ou seja, cerca de um milhão de telespectadores em Portugal Continental, tendo sido uma das maiores audiências de sempre da Grande Entrevista de Judite de Sousa.
(...)
A noite estava ganha, do ponto de vista mediático.
Mas houve quem não tivesse gostado. Não tanto da performance de Valentim
Loureiro, mas do sucesso da entrevista…
(... continua...)

As pressões acerca de uma entrevista na RTP, o Provedor do Telespectador, uma estranha notícia no Tal & Qual e a queixa à ERC

Conforme prometi, vou "levantar o véu" acerca de alguns acontecimentos que tiveram lugar em 2007, que relato no livro com outro pormenor, e que culminariam com uma queixa à ERC. Queixa de que resultou uma surrealista resolução daquela entidade, onde declara a sua própria incompetência para "tomar conhecimento da queixa" - assim está escrito no documento oficial.
Tudo começou com uma entrevista que Valentim Loureiro aceitou dar à RTP acerca do processo Apito Dourado, continuando com uma estranha notícia no Tal & Qual e com um programa A Voz do Cidadão, de Paquete de Oliveira. Ao longo dos próximos dias, publicarei excertos do meu livro relacionados com este caso. O livro já está à venda, nas principais livrarias de todo o país, podendo também ser adquirido online, no site da Primebooks.

Excerto 1:
"(...) Contudo, a guerra de bastidores em redor desta entrevista não terminaria aí. Inusitadamente, e ainda a promoção à Grande Entrevista não estava no ar, uma notícia do jornal Tal & Qual deixou-me estupefacto. Segundo a notícia, os telespectadores não queriam que Valentim Loureiro fosse entrevistado.
Dizia a peça jornalística que o provedor do telespectador da RTP tinha recebido uma chuva de protestos no seu gabinete, depois de se saber que Valentim Loureiro seria entrevistado por Judite de Sousa.

Estranhei várias coisas nesta notícia. Primeiro, seria invulgar que telespectadores se manifestassem em massa por uma questão destas. Mesmo os mais indefectíveis adversários de Valentim Loureiro gostariam, certamente, de saber o que teria para dizer. Muito menos provável seria que uma chuva de cidadãos indiferenciados se desse ao trabalho de escrever ao provedor do telespectador, pedindo que censurassem previamente uma entrevista. Além do mais, seria inédito, ou quase, no pós 25 de Abril.
Mas havia outros pormenores estranhos. O Tal & Qual em causa foi publicado a 16 de Março estando a entrevista marcada para o dia 22 de Março. Ou seja, a notícia foi publicada seis dias antes da entrevista, mas dizia que os protestos teriam sido motivados pelo facto de Valentim aparecer nas promoções ao programa. Ora, as promoções do programa apenas começariam a ser emitidas no próprio dia da publicação do Tal & Qual. Estávamos, por isso, perante uma notícia do futuro, aludindo a algo que fisicamente era impossível já se ter passado. Isto é, como os jornais são escritos de véspera, era impossível, à data da notícia, que tivesse havido reacção a algo que apenas aconteceria a partir do dia da publicação.
O jornal citava mesmo o director de informação da RTP que dizia saber da existência de cartas ao provedor, não conhecendo o seu conteúdo. Contudo, afirmava continuar a haver interesse em entrevistar Valentim Loureiro.

O Tal & Qual ia mais longe, escrevendo mesmo: O caso promete não ficar por aqui. É previsível que o provedor vá actuar.
Esta notícia, que parecia ter origem na vidente lá da rua, adivinhando as cartas que os telespectadores iriam escrever depois da promoção ir para o ar, conhecendo até que Valentim Loureiro apareceria no spot e, mais ainda, que o provedor iria actuar, podia ser lida de outra forma. Assumindo que o seu carácter esotérico apenas tem valor para quem acredita em bruxas, o que não é o meu caso, tinha como única explicação uma inaceitável e pouco ética forma de pressão. E quem faltava à ética? A jornalista que a escreveu? O provedor? Ambos? O desenrolar dos acontecimentos haveria de nos dar pistas de que não foi a vidente lá da rua quem cometeu essas proezas de adivinhação e premonição e que, se houve alguém a querer usar a comunicação social para fins pouco éticos, não foi Valentim Loureiro. (...)"


in "A Varinha Mágica de Valentim Loureiro", capítulo IV

Preconceito

Já o disse, mas nem todos me entendem: aceito, acerca do meu livro, toda a especie de críticas. Só não aceito o preconceito. E só por preconceito patológico ou puro analfabetismo se poderá criticar um livro sem o ter lido.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

RTP, pluralismo e ERC

O tema está na órdem do dia. No livro que acabo de publicar, conto os bastidores de uma entrevista que Valentim Loureiro deu à RTP, sobre o Apito Dourado, e as pressões que, à sua volta, foram geradas. A entrevista teve um milhão e cem mil telespectadores e acabou por ser comentada no programa do provedor do telespectador do RTP, Paquete de Oliveira. Esse programa "A Voz do Cidadão" seria motivo de queixa por parte da jornalista Judite de Sousa e eu próprio acabaria por me queixar à ERC sobre o mesmo assunto. A resolução da Entidade Reguladora da Comunicação Social e as suas conclusões são abordadas no meu livro e deveriam fazer parte do "anedotário nacional", não fosse esta uma questão séria. No próximos dias, abordarei esta questão aqui no blog. O livro, já está à venda.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Imagens do lançamento

Jaime Cancella de Abreu (Primebooks) e Júlio Magalhães (TVI) com o autor, no lançamento que decorreu na Bertrand de Júlio Dinis, no Porto.


Ainda o lançamento

Ainda em relação ao lançamento do livro, foi para mim muito agradável ouvir palavras como as do Júlio Magalhães, como as do Jaime Cancella de Abreu e sentir o apoio de tantos amigos, alguns, já não via há muito tempo. A amizade é uma coisa extraordinária. Ás vezes vem de pessoas que não esperamos outras manifesta-se nas pequenas coisas. E as pequenas coisas são tão importantes! Ontem referi a presença do meu filho mais velho - o Tiago -, por já ter compreensão em relação ao que escrevo neste livro e por ter sido para mim muito importante a sua presença e o seu orgulho no pai. Hoje, quando recebi uma mensagem especial do meu mais pequenino, Nuno Rodrigo, consigo perceber que também ele já entende o que escrevo! Ou, pelo menos, entende que, para mim, é importante escrevê-lo. Ontem, no lançamento do livro, disse que tive a sorte de poder escrever sobre Valentim Loureiro em livro. Mas essa não é a única sorte que tenho tido na vida.

Hoje, 19,30 horas no Portocanal


O programa Porto Alive do canal da TV Cabo Portocanal emite hoje, pelas 19.30 horas, uma apresentação do livro A VARINHA MÁGICA DE VALENTIM LOUREIRO.

Obrigado!!

O lançamento do livro decorreu na Bertrand de Júlio Dinis, no Porto. Obrigado, é a palavra que mais me ocorre. Aos muitos jornalistas, aos ex-assessores, aos vereadores, aos meus amigos, à minha família. A todos os que gostam tanto de mim e do que vou fazendo, mesmo quando quase me esqueço deles. Aos que (como digo na dedicatória do livro) me apoiam incondicionalmente, mesmo quando erro.

Ah! E ter recebido um beijo especial da minha insuperável Mãe, soube tão bem!

... e da minha Carla, do meu Tiago... das minhas irmãs...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Lançamento é hoje às 19 horas, na Bertrand de Júlio Dinis, no Porto

A seguir ao 25 de Abril de 1974 ouvi muitas vezes uma frase própria de momentos de fractura nas sociedades: “quem não apoia a revolução é fascista”. Parece-nos, hoje, mais de três décadas depois, absurdo julgarmos assim, a preto e branco, um momento político e social tão importante como foi aquele. A revolução de Abril foi a cores. E cores garridas. De facto, não temos que ser comunistas ou fascistas. Podemos ser simplesmente críticos, analíticos. Desde que a comunicação social começou a noticiar o lançamento deste livro - A Varinha Mágica de Valentim Loureiro - que sinto uma grande ambivalência nos sentimentos que o rodeiam. Parece que os que detestam Valentim Loureiro já adivinham o que lá terei escrito. Assim como os que o adoram. Dá ideia que sabem mais do que eu sobre um livro que escrevi. É como se, na vida ou na política, apenas pudéssemos estar contra ou a favor, a preto e branco. Dito de outra forma, ainda antes da leitura, sem preconceitos, já me procuram atribuir segundas intenções. Não me admiro, porque, ultimamente, a sociedade portuguesa tem-se habituado a livros com segundas intenções. Aliás, diria mesmo: a livros sem primeiras intenções. Pode não se gostar do que está escrito em A Varinha Mágica de Valentim Loureiro. Não sei, sequer, se Valentim Loureiro terá gostado, de tudo ou de alguma coisa neste livro. Na verdade, escrevi-o sem essa segunda intenção. Sem nenhuma segunda intenção. Ao escrever sobre a minha experiência de comunicação, nos três anos mais conturbados da vida de Valentim Loureiro, tive uma única intenção (primeira e assumida): contar o que sei e interpretar o que vi. Modestamente, creio que, quem ler o livro, perceberá que vale a pena. Vale a pena, não apenas ler o livro, mas sobretudo, debruçarmo-nos um pouco mais sobre as explicações do sucesso - chamemos-lhe populista - de Valentim Loureiro. Como escrevo, Valentim Loureiro é um “case study” não estudado. É um vencedor incómodo que Portugal explica com "mitos". Quando o "mito" é, afinal, uma explicação fácil para um fenómeno que não se consegue entender. Reconhecendo as limitações do que escrevi, é o contributo possível, o que está ao meu alcance, para fazer um pouco mais pela vida política portuguesa. Uma vida que já não é nem a cores nem a preto e branco, mas que se fica, simplesmente, por um decrépito cinzento.

Depois de alguma hesitação, acabei por me limitar, praticamente, a ler este pequeno texto no lançamento do meu livro. Aceito, sobre o meu livro, todas as críticas... a quem o ler!

TSF revela que Major ponderou candidatura à Presidência da República

Não passou de uma reflexão académica, mas Valentim Loureio ponderou candidatar-se nas últimas presidenciais. O livro que hoje é lançado no Porto explica as contas que o Major fazia em 2006. A TSF avançou hoje a notícia.


Lançamento hoje no Porto

A Varinha Mágica de Valentim Loureiro tem lançamento marcado para hoje. A apresentação do livro estará a cargo dó jornalista da TVI Júlio Magalhães, que, além de ter sido colega do autor do livro foi também munícipe de Gondomar e é padrinho da livraria onde vai decorrer o lançamento. O evento, que terá a presença do autor do livro, do autor do prefácio e do editor, espera convidados, da área do jornalismo e comunicação, bem como estudiosos da política. Está marcado para as 19 horas na Livraria Bertrand, na Rua Júlio Dinis, nº 807, no Porto. O livro fica, por isso, disponível em livrarias em todo o país, podendo também ser comprado online através do sítio da PrimeBooks, ou clicando no link na coluna do lado direito, neste blog.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Já pode comprar online


Só a partir de amanhã, terça-feira, estará disponível nas livrarias, mas o livro "A Varinha Mágica de Valentim Loureiro" já pode ser adquirido directamente através da Internet, com um desconto do editor, a Prime Books. O cliente beneficia ainda da entrega domiciliária do livro, sem ter que pagar portes de correio. Basta seguir este LINK, para ser um dos primeiros a comprar A VARINHA MÁGICA DE VALENTIM LOUREIRO e ficar a saber tudo sobre os Méritos, Truques e Habilidades Populistas do Major.

domingo, 12 de outubro de 2008

Era escusado!

Mais uma pré-publicação, desta vez no blog "Bola na Área" do jornalista Eugénio Queirós. Escusava era de ter colocado uma foto minha com tanta definição. É que, assim, corro o risco que correu a Sarah Palin... Veja Aqui.

Pré-publicação no "Avada Kedavra"


Por mero acaso, um comentário meu num blog que nem conhecia, acabou por proporcionar que oferecesse ao Avada Kedavra uma pré-publicação. O comentário veio a propósito do "bigode" de Sarah Palin, candidata a vice-presidente dos Estados Unidos e da questão da aparência na política. A parte de um episódio que "ofereci" ao blog diz respeito a uma viagem que, um dia, Valentim Loureiro fez comigo num Mini Cooper, em plena campanha eleitoral. É um "fait-divers" e das histórias que, do ponto de vista do conteúdo, menos revelações fará, mas que demonstra como está a funcionar o país das aparências e dos preconceitos. Se quiserem ler esse excerto do meu livro ainda antes da publicação, visitem o blog da "amiga" Minerva, AQUI. Quanto ao Mini onde transportei, nesse dia, o Major, é o que está na imagem... e que saudades tenho dele (do Mini)!

sábado, 11 de outubro de 2008

PRIMEIRA PRÉ-PUBLICAÇÃO



Tendo em conta que os jornais começaram hoje a antecipar alguns pormenores do livro que na próxima terça-feira é lançado, o blog oficial vai hoje fazer a primeira pré-publicação de parte de um dos episódios contidos na obra:




(...)
Em Gondomar todos os que têm mais de 62 anos são considerados pela câmara: cidadãos idade mais. Quer isto dizer que têm direito a um cartão emitido pela autarquia que lhes dá vários privilégios. O primeiro desses privilégios é uma viagem de avião a Lisboa. Para muitos deles, a primeira e última vez que viajam de avião e, não raras vezes, a primeira e última em que vão à capital.
(….)
Além da viagem de avião a que todos os portadores do cartão têm direito, aquele instrumento abre-lhes a porta a participarem em inúmeras acções sócio-culturais promovidas pela Câmara e, no Verão, é costume haver passeios e almoços com estes cidadãos. 2005 não foi excepção. O problema é que, em Outubro, havia eleições…
Seis ou sete mil idosos inscreveram-se no programa desse Verão, denominado Gondomar Douro Acima. Em Setembro, zarparam, em grupos de poucas centenas, num paquete que os levava numa bonita viagem fluvial.
O programa incluía sempre um almoço a bordo, perto da Barragem de Crestuma-Lever, a que se juntava o presidente e que incluía um discurso muito especial.
(…)
Comido o tradicional lombo de porco assado com batatas (não sei quantas vezes comemos lombo de porco assado com batatas naquelas semanas), o Major discursou, como habitualmente.
O seu discurso dividia-se em três partes, obedecendo a uma rigorosa estrutura retórica. Era curioso vê-lo discursar todos os dias para um novo grupo de idosos. Sempre com o mesmo timbre, expressões e estrutura, o texto ia evoluindo e sendo aperfeiçoado a cada dia. Mesmo os tiques, a entoação e a sua postura iam merecendo melhoramentos.
Ao almoço, Valentim parecia sempre mastigar muito bem cada detalhe do discurso que iria fazer a seguir. O que provocara, na véspera, maiores aplausos e maior emoção, Valentim mantinha e enfatizava no discurso do dia. O que não resultava tão bem, sofria um upgrade, um novo registo ou era mesmo retirado do texto que o Major mantinha na cabeça.
Mesmo o momento de maior emoção, em que os lábios do presidente tremiam e os olhos se carregavam de água era repetido, aperfeiçoado e melhorado de dia para dia, parecendo cada vez mais autêntico e genuíno. Por vezes, havia pequenas adaptações retóricas tendo em conta a freguesia a que pertenciam os idosos daquele dia.
No começo do discurso, o Major lembrava a sua condição de presidente de câmara, recusando qualquer confusão com o candidato Valentim Loureiro, e dizia algo parecido como isto:
– Vocês sabem que eu estou aqui hoje convosco, como estou todos os anos, todo o ano, onde quer que nos possamos encontrar, porque entendo que, enquanto presidente da Câmara, é minha obrigação estar ao vosso lado.
Ficava assim justificada a sua presença e afastada a confusão entre o candidato e o presidente. No entender de Valentim Loureiro, apenas por ser candidato não se deveria coibir de cumprir as tarefas de todos os anos. Algumas vezes, o Major chegava a dizer:
– Eu não tenho culpa que tenham marcado as eleições para Outubro. Não fui eu que as marquei. Nem deixaria de estar convosco só porque vai haver eleições.
Depois, passava a uma fase mais emotiva do discurso, onde se tornava no pai de filhos ou no avô de 11 netos, incluindo-se a ele próprio no grupo dos cidadãos idade mais, já que ultrapassara os 62 anos. Era frequente deixar transparecer na voz alguma emoção, quando falava em dificuldades da vida, pelas quais todos passamos, e afirmava saber bem o que era passar por problemas.
Não se esquecia nunca de usar termos como solidariedade e gratidão, agradecendo a todos o facto de terem sempre estado a seu lado, nos momentos mais difíceis.
Finalmente, o discurso, que durava uns bons 20 ou 30 minutos, terminava com uma promessa:
– Não sei se estarei neste cargo daqui a um ano, mas não tenho problemas em afirmar que, enquanto for presidente da Câmara, a nossa política de apoio social não vai mudar.
Esperava pelas palmas, normalmente batidas de pé, e rematava:
– Eu nunca vos esquecerei, nunca vos esquecerei. Vocês são espectaculares… Esta era a parte mais enfatizada por Valentim Loureiro, que subia a voz a decibéis que só ele consegue atingir num discurso político, actualmente.
A câmara da SIC registou as palavras, o estilo, os termos usados pelo Major e o jornalista Carlos Rico entrevistou-o no final. Retive as expressões do Major nessa curta entrevista, ainda a bordo do paquete, rodeado de entusiastas com mais de 62 anos:
– Há quem diga que isto é populismo. Eu acho que isto é popular. Mas, se populismo é fazermos aquilo que as pessoas esperam de nós, se populismo é dar um dia de felicidade por ano a quem nunca a tem, abrindo-lhe os horizontes do Mundo, então eu sou populista. E digo já aqui que a nossa política vai continuar a ser esta, pelo menos se eu por cá continuar. Outros farão diferente e poderão cancelar estes programas se forem eleitos. Eu, digo já que não. Esta é a minha política.
Este género de resposta do Major não era novidade para mim e era absolutamente genuína. Lembro-me de, internamente, por várias vezes, estes passeios e acções serem discutidas entre nós, nomeadamente com o vereador da educação, cultura, acção social, desporto e juventude, o inatacável Fernando Paulo. E, mesmo entre nós, Valentim Loureiro não abdicava de defender as posições que tomava publicamente.
A poucos dias das eleições, sentados na sede de campanha, Major, dois ou três vereadores, a sua filha e a sua mulher, falavam a propósito das viagens no Douro, dos voos para Lisboa ou das aulas de natação proporcionadas aos idosos. Valentim defendia sempre que o impacto que tais benesses tinham no orçamento da câmara era muito reduzido. Lembro-me mesmo de se virar para o seu vereador e questioná-lo:
– Ó doutor, diga-me lá o que é que nós fazíamos com este dinheiro? Mais uma rua? Mais uma rotunda com um repuxo? E as pessoas eram mais felizes com isso ou são mais felizes com estes programas que lhes proporcionamos?
A questão é mais profunda do que parece e fez-me muitas vezes duvidar, mas não deixei, nesse momento, de me lembrar de conversas que eu próprio tinha tido, pouco tempo antes, durante as legislativas, com amigos e familiares.
Um cunhado meu, professor universitário, afirmou um dia que iria votar em José Sócrates, então candidato a primeiro-ministro. O PSD de Santana Lopes tinha-lhe roubado os benefícios fiscais do PPR que andava a fazer. Sócrates prometia o regresso desses benefícios, enquanto Santana Lopes prometia manter a sua política.
(…)
Prometer, em campanha, devolver os benefícios fiscais aos PPR é exactamente a mesma coisa que prometer retirar do Orçamento de Estado alguns milhões de euros para dar um subsídio extraordinário a uma parte da classe média alta portuguesa em forma de devolução no IRS. Ou, dito de outra forma, proporcionar umas férias em Cuba ou na Riviera Maia aos detentores de PPR não é populismo. Mas pagar um dia de felicidade único a cidadãos cuja sociedade quer enterrar silenciosamente em Melres, nas Medas, na Lomba ou, simplesmente, na floresta de betão das grandes cidades, já é populismo.
Quanto a mim, não entendo onde está a diferença. No entanto, nos corredores da Assembleia da República, prometer benefícios fiscais em PPR é política económica, mas fazer passeios com velhinhos no Douro é política barata e populista, própria de caciques de província!
Não querendo ser fundamentalista, digo eu, ambas as políticas fazem parte de um valor inabalável da política: a hipocrisia, que num e noutro caso se aplicam com toda a propriedade. Por maior que seja a boa vontade de ver nos políticos outra prioridade que não seja a da sua própria eleição, esbarro quase sempre nessa convicção.
(…)

Excertos do episódio "GONDOMAR DOURO ACIMA E O POPULISMO", do Capítulo II do livro "A Varinha Mágica de Valentim Loureiro", de Nuno Nogueira Santos

Imprensa










Jornal de Notícias e Público avançam hoje alguns pormenores de texto do livro que a partir de terça-feira estará à venda. O JN refere-se a um episódio envolvendo buscas da PJ à Câmara de Gondomar e o Público ao relacionamento de Valentim Loureiro com José Sócrates.

Link para as edições online do Jornal de Notícias

Muitas notícias


O livro "A Varinha Mágica de Valentim Loureiro", que terça-feira, dia 14 de Outubro, é lançado no Porto, está a despertar muita curiosidade. Jornais como o Jornal de Notícias, Diário de Notícias, 24 Horas, Destak e Record publicaram, nos dois últimos dias, notícias acerca desta obra. Também os meios audiovisuais estão atentos. Rádio Clube Português, Antena 1 e Porto Canal divulgaram entrevistas com o autor. A agência nacional de notícias (Agência Lusa) fez igualmente um extenso trabalho sobre o assunto. Na Internet, portais de notícias como o Sapo, Portugal Diário, Diário Digital, RTP Online, Visão online, entre outros, deram já atenção ao assunto. Mas a melhor das notícias é que faltam apenas três dias para o livro estar nas bancas.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Vendas online a partir de terça-feira


Vários órgãos de comunicação social deram ontem notícia do lançamento do livro "A Varinha Mágica de Valentim Loureiro", que estará à venda a partir do dia 14 de Outubro, nas livrarias portuguesas. Também a partir do site da PrimeBooks será possível adquirir o livro online. Aqui no blog, colocaremos um link para esse efeito a partir de terça-feira.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Lançamento a 14 de Outubro


Passam hoje três anos sobre a noite eleitoral que desenhou o actual mapa autárquico em Portugal.
Em Gondomar, Valentim Loureiro, concorrendo como independente, transformou-se no autarca com mais vereadores em todo o país (ainda assim permanece) e no candidato independente com a maior vitória de sempre numas eleições.
Como foi possível? O que levou o eleitorado do oitavo maior concelho de Portugal a votar nele? Mesmo renegado pelo seu partido, mesmo acusado de vários crimes, o Major foi o preferido de quase 50 mil eleitores. No livro que dia 14 de Outubro estará à venda em todo o país, procuro revelar algumas das razões, mesmo as politicamente incorrectas e as mais inconvenientes... para Valentim Loureiro e para a classe política portuguesa.

NOTA: a imagem publicada neste post é a reprodução da capa do livro. A fotografia que a ilustra foi obtida pelo jornalista Sérgio Granadeiro, ao serviço do Expresso, a 9 de Outubro de 2005, durante o discurso de vitória de Valentim Loureiro

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Primeiro livro sobre Valentim Loureiro será lançado dia 14 de Outubro

Valentim Loureiro é uma das personalidades mais mediáticas em Portugal. Embora domine, por boas e más razões, a produção da proza jornalística nacional, estranhamente nunca se tinha escrito sobre ele em livro. Pela primeira vez, alguém (por acaso eu) decidiu fazê-lo, e o resultado será lançado pela PRIMEBOOKS na próxima terça-feira, dia 14 de Outubro, no Porto.

Intitulado "A Varinha Mágica de Valentim Loureiro", numa alusão ao mito dos famosos electrodomésticos que distribuiu em campanha, este livro pretende ser mais do que um mero livro de relatos dos bastidores da gestão autárquica do Major. Modestamente, pretendo contribuir para a reflexão sobre o que é o populismo e porque se ganham eleições em Portugal, três décadas e meia após o 25 de Abril.

Que méritos, truques e habilidades usará o Major para - mesmo acusado judicialmente e renegado pelo seu partido -, continuar a ganhar eleições?

Ah! E fica o aviso para os que não souberem: fui assessor de Valentim Loureiro. Já não sou! Tirando alguns constrangimentos éticos a que faço referência no livro, escrevi em total liberdade e sem o escrutínio de Valentim Loureiro.