Méritos, Truques e Habilidades Populistas

Os três anos mais conturbados da vida do autarca de Gondomar, contados em 200 páginas pelo seu ex-assessor de imprensa. Uma reflexão sobre o populismo e sobre o estado da política portuguesa... um verdadeiro manual sobre como ganhar eleições em Portugal

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Como fui constituído arguido pelo MP... ou as "amplas liberdades" de um comunista!

Tirar uma fotografia a uma manifestação da CDU pode ser perigoso? Talvez não! Mas por vezes pergunto-me sobre se Portugal é realmente livre. Se há muitos motivos para pensarmos que sim, há também alguns que nos podem levar a acharmos que não. Ainda assim - do mal, o menos - é um país onde a liberdade de expressão vai tendo o seu espaço. É sempre possível escrevermos um livro, fazermos um blog ou mesmo darmos uns gritos, sem que nada de muito mau nos possa acontecer. Não é que os viciados na repressão não tentem encontrar formas de intimidar os outros. Mas... vai-se conseguindo ultrapassar isso, com calma e com coragem!
No livro que escrevi - A VARINHA MÁGICA DE VALENTIM LOUREIRO - conto um episódio que se passou comigo.
Inacreditavelmente, 34 anos após a Revolução dos Cravos, fui constituído arguido pelo Ministério Público, que assim me manteve (com Termo de Identidade e Residência) durante um ano exacto! E porquê?
Por ter tirado um fotografia a uma manifestação!!!
Na verdade, o mais incrível dessa história, é ter sido constituído arguido porque um "destacado dirigente do PCP" apresentou queixa contra mim, usando e abusando da sobrecarregada máquina da Justiça para me tentar intimidar.
Apesar de me ter conseguido sujeitar a essa condição e a um interrogatória judicial, a verdade é que falhou nessa sua pretensão!
A história completa conto-a no meu livro, fazendo questão de publicar a controversa fotografia que ofendeu um comunista convicto... das "amplas liberdades"!
PS. como escrevo no livro, e para que fique claro, nada tenho contra o PCP ou os seus dirigentes. Sempre convivi bem com familiares, amigos e colegas de esquerda e até com dirigentes comunistas, enquanto fui jornalista. A história que conto é apenas, e só, um episódio caricato que pretende ilustrar a forma como funciona a Justiça, a cabeça de alguns dirigentes partidários e a forma como Valentim Loureiro enfrenta situações adversas.

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