Méritos, Truques e Habilidades Populistas

Os três anos mais conturbados da vida do autarca de Gondomar, contados em 200 páginas pelo seu ex-assessor de imprensa. Uma reflexão sobre o populismo e sobre o estado da política portuguesa... um verdadeiro manual sobre como ganhar eleições em Portugal

sábado, 29 de novembro de 2008

Apresentação na Biblioteca Municipal de Gondomar - DIA 6 de Dezembro, às 16 HORAS


O livro A VARINHA MÁGICA DE VALENTIM LOUREIRO vai ser apresentado no próximo dia 6 de Dezembro (sábado), pelas 16 horas, na Biblioteca Municipal de Gondomar. O próprio Valentim Loureiro estará presente e poderá assim comentar alguns dos episódios relatados no livro.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Presunção da culpa

Estranho muito que, por estes dias, a questão da "presunção da inocência" seja tão defendida por quem durante três anos em que fui assessor de Valentim Loureiro sempre praticou convictamente a doutrina da "presunção da culpa"...

sábado, 22 de novembro de 2008

Dias Loureiro vs Valentim Loureiro

Ontem, Dias Loureiro esteve no programa Grande Entrevista da RTP. Respondia a questões sobre o seu eventual envolvimento no processo BPN. Ainda não vi ninguém questionar o papel da RTP nisto tudo. Em minha opinião, o País queria ouvir Dias Loureiro e Dias Loureiro queria falar. Não vejo mal nenhum que tenha havido aquela entrevista. Contudo, estou curioso para saber onde estão os que em 2007 "se atiraram" à RTP e a Valentim Loureiro por este ter ido à Grande Entrevista explicar o seu envolvimento do processo Apito Dourado. Na altura, as pressões foram mais do que muitas, com o Provedor do Telespectador a dedicar um programa ao assunto e a concluir que a RTP não deveria ter escutado o Major. Uma queixa na ERC levaria a que aquela entidade resolvesse nada resolver sobre o assunto. Toda a história está contada em pormenor no meu livro e alguns excertos foram já publicados neste blog. Ficam os links para esses posts, mas o melhor srrá ler o livro, para que se perceba como existem, dentro do mesmo Portugal, muitos países, várias RTP's e muitas formas de fazer entrevistas. E, já agora, mais do que uma ERC!

POST 1
POST 2
POST 3
POST 4

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O interesse académico do meu livro

Na primeira conversa que tive com o Jaime Cancella de Abreu, da Prime Books, sobre este livro, coloquei uma ideia em cima da mesa: gostava que A VARINHA MÁGICA DE VALENTIM LOUREIRO pudesse ser considerada uma obra com algum interesse académico. É com satisfação que tenho recebido manifestações desse interesse e mesmo convites para falar sobre o livro em ambiente académico. Hoje estarei no ISLA, numa aula dada pelo João Paulo Meneses. De alguma forma, este tipo de acção ajuda a que me sinta realizado.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Truques e habilidades populistas... de António Costa

Conforme se pode ler no Diário Económico, António Costa pediu a António Costa que António Costa fizesse um tunel em vez de uma ponte. António Costa concordou e António Costa vai ganhar as eleições. Viva António Costa. Escrevi o livro errado!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Compre aqui o seu livro

Para comprar o livro A VARINHA MÁGICA DE VALENTIM LOUREIRO basta ir ao site da Prime Books ou seguir o link da coluna ao lado. Preencha o formulário e receberá na sua morada, com 10% de desconto e sem pagar quaiques portes os exemplares que quiser. E boa leitura.

sábado, 15 de novembro de 2008

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Uma questão de autoridade

Valentim Loureiro tem muitos defeitos. Mas tem a virtude de perceber muito bem as regras da autoridade e da sua importância. Ontem, no meu novo blog, escrevi sobre isso em relação ao professores e, de facto, hoje estamos a ver as consequências. Se há coisa que o Major nunca fez foi incentivar manifestações de rua, nem sequer a seu favor. E isso vale-lhe autoridade. No meu livro, escrevo sobre isso, num episódio onde entra a actual Ministra da Educação. Fica o excerto:

A relação de Valentim Loureiro com as crianças e jovens é muito curiosa, porque o Major capta, nos miúdos, uma curiosidade e simpatia surpreendentes. As crianças chamam-lhe o meu presidente, e esta expressão é repetida tanto para os mais pequenos como para os mais crescidos, que defendem Valentim com toda a valentia perante colegas de fora do concelho. Ouvi este tipo de expressão muitas vezes em escolas secundárias e preparatórias, em visitas oficias, onde o Major foi sempre recebido com grande alegria e respeito. Mesmo para a ministra da educação, no pior período de contestação à sua governação, entrar numa escola ao lado de Valentim constituiu uma espécie de protecção e garantia de respeito. Paradoxalmente, a voz de trovão do Major e o seu estilo truculento e combativo não assustam os miúdos, bem pelo contrário. Ao verem Valentim Loureiro, os petizes correm para os seus braços, dão-lhe as mãos e tratam-no com a alegria e o carinho com que tratariam uma figura Disney, como o Donald ou o Bambi ou, se preferirmos, como se fosse o avô.

Sobre os professores e os alunos...

Leia no novo blog e veja o video de professores a incitar alunos (ontem). Hoje, as consequênciais. Amanhã... vamos ver quem são as vítimas!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Manuel Alegre contra... Manuel Alegre

No meu livro falo bastante do Manuel Alegre e do seu resultado nas Presidenciais, que considero extraordinário. Mas, de facto, neste momento não se entende... ou melhor, eu até entendo: o Manuel Alegre quer que o expulsem para ter o efeito Marques Mendes/Valentim Loureiro e poder vitimizar-se, mas José Sócrates já percebeu e não lhe faz a vontade. O resultado é absolutamente patético! Ambos andam fazem figurinhas tristes que o eleitorado não entende e para as quais já não tem pachorra. Como escrevo na "Varinha Mágica de Valentim Loureiro", tenham cuidado, o QI do eleitorado não é tão baixo quanto se julga! E se a coisa continua por mais tempo, qualquer dia teremos Manuel Alegre contra... Manuel Alegre, só para não concordar com Sócrates que... estando contra ele, o sustenta no Partido! Confuso? Bastante!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O BPN e a sede de poder

Ontem ouvi um debate sobre o BPN e lembrei-me disto, não sei porquê. Está escrito no meu livro:

Esse perfume do poder não atrai apenas o Major. Dos homens de poder que conheci, o que mais me intriga nas suas personalidades, regra geral, é o desapego pelas coisas que normalmente achamos serem as melhores da vida. Uma casa com jardim, umas férias fora de horas, um pequeno-almoço de surpresa em Paris, uma viagem à volta do Mundo, os melhores vinhos, os carros de sonho e, sobretudo, uma vida sossegada, longe do barulho e das preocupações, não são, para a grande maioria dos homens poderosos e ricos que conheci, um objectivo.

O objectivo do poder, seja ele político, social ou financeiro, é sempre o mesmo: mais poder.

O Major que conheci alimenta-se desse perfume que respira todos os dias da sua vida, todos os minutos das suas horas. E está viciado nele, como todos os outros homens poderosos que conheço. É um perfume que embriaga e que distrai e que, quase por regra, torna as pessoas frias e incapazes, sequer, de perceber que, à sua volta se movimentam seres humanos, com vidas, famílias, dificuldades, felicidades e pequenos prazeres, tão importantes, às vezes, como as grandes conquistas.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Fátima Felgueiras. E você teria fugido para o Brasil?



"Inocente ou culpado nenhum ser inteligente passaria três anos na cadeia apenas porque o sistema judicial português é incongruente. Todos nós, podendo, teríamos ido para o Brasil. Pergunto: quantos teríamos voltado para sermos julgados e ouvirmos a sentença?"

Não tenho qualquer simpatia por Fátima Felgueiras. Aliás, esclarecendo ainda melhor, não tenho qualquer simpatia especial por autarcas acusados ou condenados pela Justiça. Sou dos ingénuos que continua a acreditar que a Justiça tarda mas acaba por se fazer. Por isso, ao contrário de muitos, não advogo a ideia de que os “grandes” e corruptos se “safam” sempre. Aliás, penso mesmo que os “grandes” e corruptos não se safam nunca, quanto mais não seja, das noites em claro…
No livro que escrevi não fiz qualquer juízo sobre os processos e condenações de que Valentim Loureiro foi alvo. Abordo a questão criminal e judicial numa perspectiva do cenário em que vivi os três anos que mediaram o despoletar do processo Apito Dourado e o seu desfecho, em 2008. No entanto, isso não significa que não tenha a minha opinião sobre o assunto. Opinião que aprendi a guardar para mim, não por ter medo ou por sentir que emiti-la me pudesse prejudicar, mas por respeito para com a própria Justiça e para com a verdade. E, sobre a verdade judicial, sei efectivamente pouco. Ainda assim, apesar de saber pouco, permitam-me ter a presunção de saber mais do que a maioria dos portugueses.
Voltando a Felgueiras, não conheço pessoalmente a senhora. Nunca a vi, nunca sequer a cumprimentei. Não nutro, como comecei por dizer, simpatia. Quando se “escapou” para o Brasil, fugindo à Justiça (e não havia, então, outra forma de o dizer), não deixei de condenar o acto. À luz do que sabia então, e do que imaginei de imediato, Fátima Felgueiras apenas poderia ser colocada na prateleira dos “muito maus”. Cometeu um crime e, para não ser julgada, fugiu cobardemente, pensei. Mas pensei mal.
Por muito que nos custe admitir isto (e a mim custa-me), Portugal não a condenou a cadeia. Culpa de quem? Só há duas hipóteses: ou Fátima Felgueiras não terá cometido, afinal, crimes tão horrendos como suponhamos ou a Justiça (legislador, polícia, investigadores, magistrados, juízes) são completamente incompetentes ou (sub-hipótese) corruptos e foram corrompidos por Fátima Felgueiras.
É isso mesmo. Não há outra possibilidade. Os crimes horrendos que Fátima Felgueiras cometeu, esfumaram-se quase todos em Tribunal e, assim sendo, apenas podemos dar crédito aos que dizem que o sistema judicial tresanda ou, por contraponto, damos razão à fuga de Fátima Felgueiras.
De facto, o que não entendo é que a “opinião pública" condene sumariamente alguém porque o “sistema judicial” começou a investigar, dando crédito total a esse “sistema”, mas que depois o desacredite completamente ou o julgue absolutamente incompetente quando a sentença não vai ao ponto de cortar a cabeça que nós queríamos ver a rolar.
Ou acreditamos nessa Justiça ou não acreditamos. Desacreditar a bondade da sentença que absolve ou condena com pena suspensa é desacreditar o “sistema” que, antes, acusou e, ainda antes, investigou e lhe decretou a prisão preventiva.
E escrevo tudo isto (que me parceria a mim uma verdade de La Palice, não fosse o seu contrário ser constantemente defendido por toda a gente neste país) para chegar onde?
Se a Justiça que decretou a Fátima Felgueiras prisão preventiva (por risco de fuga ao julgamento) acabou por julgá-la com a sua presença, então a medida de coação que lhe implementaram estava errada. Mesmo podendo fugir, Fátima apresentou-se para julgamento. Mais, se Felgueiras fugiu não foi à sentença ou ao julgamento, mas foi devido a uma medida de coacção que agora se verifica que estava errada. Mais errada estava quando percebemos que a mesma Justiça lhe aplicou, pelos crimes que a condenaram, pena suspensa!
Fátima Felgueiras terá errado ao cometer crimes (diz o Tribunal que sim) e que seja condenada por todos os que cometeu - com as penas que os senhores Deputados, Governo e Presidente da República (legisladores) aprovaram e mandaram publicar -, mas uma coisa fez ela bem: contra o que julguei na altura, Fátima Felgueiras fez bem em ter fugido para o Brasil. Ou quantos de nós, podendo, não prefeririam ter passado três anos no Brasil à espera dojulgamento? Que tolo optaria por aguardar na “pildra” três anos por um julgamento que haveria de o colocar em liberdade?
Já sei que os “fundamentalistas do comentário” dirão a propósito deste meu post que optariam por aguardar na cadeia. Contudo, eu e eles e todos os que lerem este post saberão que é pura hipocrisia. Inocente ou culpado nenhum ser inteligente passaria três anos na cadeia apenas porque o sistema judicial português é incongruente. Todos nós, podendo, teríamos ido para o Brasil. Pergunto: quantos teríamos voltado para sermos julgados e ouvirmos a sentença?

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A Varinha Mágica no Jumento e a "manif" dos comunistas

A propósito deste meu post e do que escrevi sobre isso no meu livro, o Jumento fez hoje eco!

sábado, 8 de novembro de 2008

Ainda Obama

Ainda sobre Obama e sobre o post "Estamos salvos do inferno", o meu amigo Paulo Fonseca colocou um comentário que reproduzo a seguir:

Tens toda a razão e mais uma vez se prova que, por cá, vai tudo a reboque do que se passa lá fora. O estudo do Center for Media and Public Affairs é elucidativo e particularmente grave em termos democráticos (haverá alguém que acredite que os Estados Unidos são uma democracia?)
Nota 1: Que fique claro que o comentário não reflecte qualquer apoio a John McCain até porque penso que, teoricamente, ficaremos (sim ficaremos pois esta eleição terá impacto directo e indirecto em todo o mundo) melhor servidos com Barack Obama... o tempo o dirá.
Nota 2: Existe um outro
estudo, bem curioso, proveniente do mesmo Centro de Estudos da Universidade George Mason, onde se contabilizam as piadas feitas pelos principais programas humorísticos nocturnos da televisão Americana (Tonight Show, David Letterman, Conan O'Brien, Daily Show e o Colbert Report), entre 1 de Janeiro e 30 de Setembro... elucidativo!
Nota 3: Espero que os links estejam todos correctos... :-)
Um abraço, Paulo Fonseca

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Quatro mil visitas no primeiro mês

As "sondagens" online e as estatísticas valem o que valem. Mas aqui ficam os resultados do que já foi registado neste blog. Criado faz hoje um mês, este sítio já recebeu mais de quatro mil visitas (quase 2.500 visitantes diferentes). Desses 116 votaram na primeira sondagem colocada online na culuna do lado direito. À pergunta se tem curiosidade em ler o livro A VARINHA MÁGICA DE VALENTIM LOUREIRO, 78% disse que sim. Quanto às sondagens mais recentes, à pergunta sobre se já leu o livro 50% respondeu que sim, 27% estava a ler e 8% não. Por fim, sobre se gostou do livro, 62% afirma ter gostado muito, 31% votou ter gostado e apenas 6% não gostou. O que mais gozo me dá é não ter havido ninguém a afirmar ter gostado "mais ou menos".

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

James Bond... e as coisas complicadas ditas de forma simples

Literatura é a arte de colocar as palavras pela ordem certa. Não sei quem disse isto. Mas é verdade. Ontem fui à antestreia do novo filme do 007 e fiquei a pensar se não se passará um pouco o mesmo com o cinema. Na verdade cinema e literatura têm muitos pontos de contacto. Na tela, como no papel, arte também é dizer coisas complicas de forma simples ou dizer coisas simples de forma complicada. O que já me faz mais confusão é que certos autores continuem a dizer coisas complicadas de forma muito complicada… tanto, que nem eles próprios entendem. Aliás, ninguém entende. Mas o importante é que alguns continuem a comprar… o “Rei vai Nu”.
Voltando ao 007, o filme é tão mau que saí ao intervalo. Nem complicado nem simples! É mesmo mau. Para agravar, o realizador cola cenas umas às outras com uma tal velocidade e frequência – certamente na tentativa de dar ritmo ao que não tem – que se torna quase impossível percebermos em que posições estão os protagonistas.
Uma das coisas que me têm dito acerca do livro que escrevi é que “se lê muito bem”.
Pois… talvez ainda não tenha publicado coisas simples ditas de forma complicada, mas pelo menos, já escrevi um livro que explica coisas complicas de uma forma simples!

PS: o filme é tão mau que nem tenho curiosidade em saber o resto da história... que história?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Foi bonita a festa, pá!

Não sei se os Estados Unidos mudaram hoje. Pelo menos, o discurso mudou. E as pessoas acreditam. Já é alguma coisa.
Por cá, estamos na mesma.

Estamos salvos do inferno

Ainda não sei quem ganhou nas eleições americanas, mas pela excitação que as televisões portuguesas exibem, devemos mesmo estar salvos de um qualquer inferno. Há 30 anos que a comunicação social portuguesa não dava tanta importância a umas eleições. Se Obama tivesse concorrido ao Sindicato dos Jornalistas Portugueses, teria ganho com 100% dos votos... Esta histeria só diz mal dos estado da nossa própria democracia.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Presidenciais Americanas vs Autárquicas Portuguesas

"Sempre pensei que os partidos políticos, perante as vitórias de Valentim, Isaltino e Felgueiras, em 2005, procurassem saber mais acerca dos motivos do eleitorado. Em vez disso, têm apenas tentado encontrar formas para evitar que voltem a ser candidatos."

Esta frase está contida no livro A VARINHA MÁGICA DE VALENTIM LOUREIRO. E o que é que isto tem a ver com as eleições americanas? É que - parece-me a mim - são despropositadas a importância e a esperança que estão a ser depositadas nesta eleição. Em particular, parece-me exagerada a esperança que Obama desperta. Há mais de dois meses que as nossas notícias são monopolizadas por esta "guerra" que não é a nossa. Sim, não é a nossa, por mais que me digam que o que se passa nos Estados Unidos se reflecte no resto do Mundo. De facto, são os americanos que escolhem o seu líder e, neste caso, parece-me que até já escolheram. Então, porquê tanto frenesim? Tanta informação? Será que informamos tanto os portugueses acerca de eleições em que eles próprios terão que escolher e, logo, estar informados?

Se por um lado me apetece dizer "até que enfim, amanhã é terça-feira e o circo vai acabar", por outro, fica-me a tristeza por saber que o batalhão de jornalistas portugueses que, a esta hora, já está nos Estados Unidos regressará para mais do mesmo em Portugal.
As nossas eleições, as causas das nossas vitórias e derrotas, as legítimas idiossincrasias do nosso povo, ou o desinteresse pelo seu próprio futuro mais directo e pela sua própria política representativa continuarão sem um décimo da análise profunda que fazemos em relação ao que se passa do outro lado do mar...
Culpa dos nosso políticos e, também, da nossa fraca imprensa.

sábado, 1 de novembro de 2008

Jorge Morgado: "Em Portugal não é normal fazerem-se trabalhos deste género"

Jorge Moragado esteve quinta-feira na Livraria Bertrand, no Centro Comercial Parque Nascente para falar do livro A VARINHA MÁGICA DE VALENTIM LOUREIRO. Autor do prefácio, o ex-jornalista (primeiro a escrever sobre a entrega de electrodomésticos em campanha, por Valentim Loureiro em 1993), explicou que considera "importante a existência de livros como este. Actualmente, estou a ler um livro escrito por um ex-assessor de Tony Blair, ex-primeiro-ministro inglês e em Portugal não é muito normal fazerem-se trabalhos destes", referiu. Actual director de comunicação da empresa Metro do Porto, Jorge Morgado falou também da personalidade de Valentim Loureiro e da forma como é retratada no livro. O autor explicou, depois, que considera o seu livro como um "grito contra a indiferência que se vive em Portugal em torno da vida política", considerando, como escreve no livro, "que é tempo das novas gerações tomarem o pulso da política", e que "Portugal já não precisa desta classe política, incluíndo-se nela Valentim Loureiro". Por fim, estranhou que os partidos políticos nunca tenham procurado encontrar em Gondomar, Felgueiras e Oeiras as razões do eleitorado para votarem nos seus actuais presidentes de Câmara, "em vez disso, apenas têm procurado evitar que sejam, de novo, candidatos". Por fim, salientou a coragem de Valentim Loureiro e a forma como encarou a publicação do livro: "apesar do livro ter muitas críticas e revelar acontecimentos de que poderia não se orgulhar, não virou a cara e foi a um programa de televisão, comigo, falar sobre o livro e, no fundo, promovê-lo. Nenhum outro político o teria feito", rematou.