Méritos, Truques e Habilidades Populistas
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
sábado, 6 de dezembro de 2008
Oferta de Natal
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Sádado, dia 6 de Dezembro, às 16 horas
Vampiros e políticos... afinidades
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Prime Books oferece livros à Biblioteca Municipal de Gondomar
A editora do livro "A Varinha Mágica de Vakentim Loureiro" vai entregar sábado 50 títulos por si editados à Biblioteca Municipal de Gondomar. No livro, a Biblioteca é referida, como local de um encontro em Mário Soares e Valentim Loureiro, durante a campanha eleitoral para as presidenciais em 2006. Soares terá prometido livros, que nunca chegaram. Jaime Cancella de Abreu, editor do livro sobre Valentim Loureiro tomou, dessa forma, consciência da existência de uma magnífica biblioteca em Gondomar, e resolveu oferecer 50 livros editados pela Prime Books. A cerimónia acontecerá dia 6 de Dezembro, pelas 16 horas, na referida biblioteca, e ocasião será aproveitada para o autor apresentar mais uma vez o seu livro. No entanto, pela primeira vez, será na presença do próprio Major.
sábado, 29 de novembro de 2008
Apresentação na Biblioteca Municipal de Gondomar - DIA 6 de Dezembro, às 16 HORAS
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Presunção da culpa
sábado, 22 de novembro de 2008
Dias Loureiro vs Valentim Loureiro
POST 1
POST 2
POST 3
POST 4
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
O interesse académico do meu livro
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Truques e habilidades populistas... de António Costa
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Compre aqui o seu livro
sábado, 15 de novembro de 2008
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Uma questão de autoridade
A relação de Valentim Loureiro com as crianças e jovens é muito curiosa, porque o Major capta, nos miúdos, uma curiosidade e simpatia surpreendentes. As crianças chamam-lhe o meu presidente, e esta expressão é repetida tanto para os mais pequenos como para os mais crescidos, que defendem Valentim com toda a valentia perante colegas de fora do concelho. Ouvi este tipo de expressão muitas vezes em escolas secundárias e preparatórias, em visitas oficias, onde o Major foi sempre recebido com grande alegria e respeito. Mesmo para a ministra da educação, no pior período de contestação à sua governação, entrar numa escola ao lado de Valentim constituiu uma espécie de protecção e garantia de respeito. Paradoxalmente, a voz de trovão do Major e o seu estilo truculento e combativo não assustam os miúdos, bem pelo contrário. Ao verem Valentim Loureiro, os petizes correm para os seus braços, dão-lhe as mãos e tratam-no com a alegria e o carinho com que tratariam uma figura Disney, como o Donald ou o Bambi ou, se preferirmos, como se fosse o avô.
Sobre os professores e os alunos...
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Manuel Alegre contra... Manuel Alegre
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
O BPN e a sede de poder
Ontem ouvi um debate sobre o BPN e lembrei-me disto, não sei porquê. Está escrito no meu livro:
Esse perfume do poder não atrai apenas o Major. Dos homens de poder que conheci, o que mais me intriga nas suas personalidades, regra geral, é o desapego pelas coisas que normalmente achamos serem as melhores da vida. Uma casa com jardim, umas férias fora de horas, um pequeno-almoço de surpresa em Paris, uma viagem à volta do Mundo, os melhores vinhos, os carros de sonho e, sobretudo, uma vida sossegada, longe do barulho e das preocupações, não são, para a grande maioria dos homens poderosos e ricos que conheci, um objectivo.
O objectivo do poder, seja ele político, social ou financeiro, é sempre o mesmo: mais poder.
O Major que conheci alimenta-se desse perfume que respira todos os dias da sua vida, todos os minutos das suas horas. E está viciado nele, como todos os outros homens poderosos que conheço. É um perfume que embriaga e que distrai e que, quase por regra, torna as pessoas frias e incapazes, sequer, de perceber que, à sua volta se movimentam seres humanos, com vidas, famílias, dificuldades, felicidades e pequenos prazeres, tão importantes, às vezes, como as grandes conquistas.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Fátima Felgueiras. E você teria fugido para o Brasil?
Não tenho qualquer simpatia por Fátima Felgueiras. Aliás, esclarecendo ainda melhor, não tenho qualquer simpatia especial por autarcas acusados ou condenados pela Justiça. Sou dos ingénuos que continua a acreditar que a Justiça tarda mas acaba por se fazer. Por isso, ao contrário de muitos, não advogo a ideia de que os “grandes” e corruptos se “safam” sempre. Aliás, penso mesmo que os “grandes” e corruptos não se safam nunca, quanto mais não seja, das noites em claro…
No livro que escrevi não fiz qualquer juízo sobre os processos e condenações de que Valentim Loureiro foi alvo. Abordo a questão criminal e judicial numa perspectiva do cenário em que vivi os três anos que mediaram o despoletar do processo Apito Dourado e o seu desfecho, em 2008. No entanto, isso não significa que não tenha a minha opinião sobre o assunto. Opinião que aprendi a guardar para mim, não por ter medo ou por sentir que emiti-la me pudesse prejudicar, mas por respeito para com a própria Justiça e para com a verdade. E, sobre a verdade judicial, sei efectivamente pouco. Ainda assim, apesar de saber pouco, permitam-me ter a presunção de saber mais do que a maioria dos portugueses.
Voltando a Felgueiras, não conheço pessoalmente a senhora. Nunca a vi, nunca sequer a cumprimentei. Não nutro, como comecei por dizer, simpatia. Quando se “escapou” para o Brasil, fugindo à Justiça (e não havia, então, outra forma de o dizer), não deixei de condenar o acto. À luz do que sabia então, e do que imaginei de imediato, Fátima Felgueiras apenas poderia ser colocada na prateleira dos “muito maus”. Cometeu um crime e, para não ser julgada, fugiu cobardemente, pensei. Mas pensei mal.
Por muito que nos custe admitir isto (e a mim custa-me), Portugal não a condenou a cadeia. Culpa de quem? Só há duas hipóteses: ou Fátima Felgueiras não terá cometido, afinal, crimes tão horrendos como suponhamos ou a Justiça (legislador, polícia, investigadores, magistrados, juízes) são completamente incompetentes ou (sub-hipótese) corruptos e foram corrompidos por Fátima Felgueiras.
É isso mesmo. Não há outra possibilidade. Os crimes horrendos que Fátima Felgueiras cometeu, esfumaram-se quase todos em Tribunal e, assim sendo, apenas podemos dar crédito aos que dizem que o sistema judicial tresanda ou, por contraponto, damos razão à fuga de Fátima Felgueiras.
De facto, o que não entendo é que a “opinião pública" condene sumariamente alguém porque o “sistema judicial” começou a investigar, dando crédito total a esse “sistema”, mas que depois o desacredite completamente ou o julgue absolutamente incompetente quando a sentença não vai ao ponto de cortar a cabeça que nós queríamos ver a rolar.
Ou acreditamos nessa Justiça ou não acreditamos. Desacreditar a bondade da sentença que absolve ou condena com pena suspensa é desacreditar o “sistema” que, antes, acusou e, ainda antes, investigou e lhe decretou a prisão preventiva.
E escrevo tudo isto (que me parceria a mim uma verdade de La Palice, não fosse o seu contrário ser constantemente defendido por toda a gente neste país) para chegar onde?
Se a Justiça que decretou a Fátima Felgueiras prisão preventiva (por risco de fuga ao julgamento) acabou por julgá-la com a sua presença, então a medida de coação que lhe implementaram estava errada. Mesmo podendo fugir, Fátima apresentou-se para julgamento. Mais, se Felgueiras fugiu não foi à sentença ou ao julgamento, mas foi devido a uma medida de coacção que agora se verifica que estava errada. Mais errada estava quando percebemos que a mesma Justiça lhe aplicou, pelos crimes que a condenaram, pena suspensa!
Fátima Felgueiras terá errado ao cometer crimes (diz o Tribunal que sim) e que seja condenada por todos os que cometeu - com as penas que os senhores Deputados, Governo e Presidente da República (legisladores) aprovaram e mandaram publicar -, mas uma coisa fez ela bem: contra o que julguei na altura, Fátima Felgueiras fez bem em ter fugido para o Brasil. Ou quantos de nós, podendo, não prefeririam ter passado três anos no Brasil à espera dojulgamento? Que tolo optaria por aguardar na “pildra” três anos por um julgamento que haveria de o colocar em liberdade?
Já sei que os “fundamentalistas do comentário” dirão a propósito deste meu post que optariam por aguardar na cadeia. Contudo, eu e eles e todos os que lerem este post saberão que é pura hipocrisia. Inocente ou culpado nenhum ser inteligente passaria três anos na cadeia apenas porque o sistema judicial português é incongruente. Todos nós, podendo, teríamos ido para o Brasil. Pergunto: quantos teríamos voltado para sermos julgados e ouvirmos a sentença?
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
A Varinha Mágica no Jumento e a "manif" dos comunistas
sábado, 8 de novembro de 2008
Ainda Obama
Tens toda a razão e mais uma vez se prova que, por cá, vai tudo a reboque do que se passa lá fora. O estudo do Center for Media and Public Affairs é elucidativo e particularmente grave em termos democráticos (haverá alguém que acredite que os Estados Unidos são uma democracia?)
Nota 1: Que fique claro que o comentário não reflecte qualquer apoio a John McCain até porque penso que, teoricamente, ficaremos (sim ficaremos pois esta eleição terá impacto directo e indirecto em todo o mundo) melhor servidos com Barack Obama... o tempo o dirá.
Nota 2: Existe um outro estudo, bem curioso, proveniente do mesmo Centro de Estudos da Universidade George Mason, onde se contabilizam as piadas feitas pelos principais programas humorísticos nocturnos da televisão Americana (Tonight Show, David Letterman, Conan O'Brien, Daily Show e o Colbert Report), entre 1 de Janeiro e 30 de Setembro... elucidativo!
Nota 3: Espero que os links estejam todos correctos... :-)
Um abraço, Paulo Fonseca
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Quatro mil visitas no primeiro mês
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
James Bond... e as coisas complicadas ditas de forma simples
Voltando ao 007, o filme é tão mau que saí ao intervalo. Nem complicado nem simples! É mesmo mau. Para agravar, o realizador cola cenas umas às outras com uma tal velocidade e frequência – certamente na tentativa de dar ritmo ao que não tem – que se torna quase impossível percebermos em que posições estão os protagonistas.
Uma das coisas que me têm dito acerca do livro que escrevi é que “se lê muito bem”.
Pois… talvez ainda não tenha publicado coisas simples ditas de forma complicada, mas pelo menos, já escrevi um livro que explica coisas complicas de uma forma simples!
PS: o filme é tão mau que nem tenho curiosidade em saber o resto da história... que história?
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Foi bonita a festa, pá!
Por cá, estamos na mesma.
Estamos salvos do inferno
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Presidenciais Americanas vs Autárquicas Portuguesas
Esta frase está contida no livro A VARINHA MÁGICA DE VALENTIM LOUREIRO. E o que é que isto tem a ver com as eleições americanas? É que - parece-me a mim - são despropositadas a importância e a esperança que estão a ser depositadas nesta eleição. Em particular, parece-me exagerada a esperança que Obama desperta. Há mais de dois meses que as nossas notícias são monopolizadas por esta "guerra" que não é a nossa. Sim, não é a nossa, por mais que me digam que o que se passa nos Estados Unidos se reflecte no resto do Mundo. De facto, são os americanos que escolhem o seu líder e, neste caso, parece-me que até já escolheram. Então, porquê tanto frenesim? Tanta informação? Será que informamos tanto os portugueses acerca de eleições em que eles próprios terão que escolher e, logo, estar informados?
Se por um lado me apetece dizer "até que enfim, amanhã é terça-feira e o circo vai acabar", por outro, fica-me a tristeza por saber que o batalhão de jornalistas portugueses que, a esta hora, já está nos Estados Unidos regressará para mais do mesmo em Portugal.
As nossas eleições, as causas das nossas vitórias e derrotas, as legítimas idiossincrasias do nosso povo, ou o desinteresse pelo seu próprio futuro mais directo e pela sua própria política representativa continuarão sem um décimo da análise profunda que fazemos em relação ao que se passa do outro lado do mar...
Culpa dos nosso políticos e, também, da nossa fraca imprensa.
sábado, 1 de novembro de 2008
Jorge Morgado: "Em Portugal não é normal fazerem-se trabalhos deste género"
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
A crónica de Luís Pedro Nunes na "Única", a acupunctura do Major e os 134 milhões que o Estado gastou em consultores
No sábado passado, a crónica que assina na Única tinha como título "As massagens do Major e da AIG" numa curiosa alusão ao valor relativo das coisas. Conta, por isso, parte de um dos episódios que escrevo no meu livro, dando a conhecer uma conversa que Valentim Loureiro teve com um técnico de acupunctura, pouco antes de uma conferência de imprensa. O Major tinha acabado de ser sujeito a uma sessão terapêutica e, quando ia pagar, deu uma lição de marketing comercial ao rapaz que lhe tinha espetado as pequenas agulhas.
Luís Pedro Nunes usa esse exemplo para mostra como é relativo e, por vezes, enganador o preço e o valor das coisas, lembrando os custos que administradores da seguradora AIG terão tido na sequência de festas ou reuniões de interesse duvidoso, pelo menos, para o comum dos mortais.
Na verdade, o Luís Pedro tem razão e a comparação nem é disparatada. Por vezes, ouvimos falar de certos custos que o próprio Estado tem e nem sempre entendemos a sua real dimensão. É que, quando a conta passa para o lado dos "milhões", nós (a classe média), deixamos de saber o que é muito ou pouco. Gastar 15 milhões ou 150 milhões num estudo de consultadoria que o Governo encomendou para a construção de uma coisa como um aeroporto, é, para nós, igual.
Se falarmos de uma refeição ou de um custo com um hotel, conseguimos perceber que há diferença entre 50 euros ou 500 euros, mas a nossa percepção da dimensão dos custos termina quando saltamos a casa dos seis dígitos.
E disso se valem, muitas vezes, os políticos, governantes e empresários. Valem-se da falta de termo de comparação e da natural falta de percepção que o cidadão normal tem quando se fala de verbas que não estão dentro daquilo que é o seu próprio universo de gastos.
No meu livro, conto os bastidores de uma conferência de imprensa que Valentim Loureiro deu a propósito dos cartões de crédito da Metro do Porto. E esse é, agora, um bom exemplo. Num relatório do Tribunal de Contas onde se criticava quase tudo, em 700 páginas, e onde se punham em causa gastos no valor de milhões de euros em obras da empresa que era presidida por Valentim Loureiro, aquilo que a opinião pública reteve com maior facilidade, foi o plafond de 750 euros que os administradores teriam num cartão de crédito. Essa foi a notícia, e foi isso que foi posto em causa. E porque? Porque esse era o ponto de contacto dos cidadãos com a realidade.
De resto, as notícias de gastos de milhões passam, normalmente ao lado da opinião pública, que nem faz o menor esforço para avaliar a sua utilidade. No entanto, o ordenado do Direcor-Geral das Finanças já é capaz de escandalizar muita gente.
Vem isto a propósito do recente relatório do Tribunal de Contas que indica que o Estado terá gasto, desde 2004, 134,4 milhões de euros em consultores, quase sempre sem concurso, sem obedecer a regras de contratação e sem haver, sequer, consulta ao mercado.
Quantas pessoas, dois dias depois, ainda se lembrarão desta história? E do valor? E do seu significado? Quase nenhumas!
No entanto, se a notícia fosse que José Sócrates tinha comprado uns sapatos por 400 euros e o Governo os tivesse pago... daqui a 10 anos, ainda nos lembraríamos disso, como todos ainda recordam a rábula do "Gato Fedorento" a desfraldar uma tira de cartões de crédito de Valentim Loureiro.
Na verdade, o político "mais inteligente" não é o que compra os sapatos, mas o que os dá a comprar aos outros e, de preferência, em quantidade suficiente que obrigue o valor a subir acima dos milhões, para ninguém perceber.
Sobre a notícia dos gastos de 134,4 milhões de euros com os consultores apenas gostaria de perguntar o seguinte: mas então, além do relatório do Tribunal de Contas e da notícia que já todos quase apagámos da memória, o Ministério Público não investiga? Quem foram os consultores? Que ligações tinham a quem lhes adjudicou os serviços? Porque adjudicou? QUEM adjudicou?
Por mais que se condene Valentim Loureiro em muitos dos seus actos (e eu não sou nem Juiz nem sua testemunha de defesa em nenhum processo), a verdade é que a única condenação de que o Major foi alvo pela Justiça no exercício de funções políticas, foi a de ter adjudicado, sem concurso, a produção de uma revista por 19 mil euros! Disse o Juiz, que a adjudicou a um amigo, favorecendo-o, apesar de ter regateado o preço que inicialmente era mais elevado.
Certamente, Valentim Loureiro até foi bem condenado nesse processo e não sou eu quem saberá contestar a bondade da decisão judicial! Mas, então, e os 134,4 milhões de euros que o Estado gastou… sem poder gastar? Não haverá, pelo meio dessas contratações astronómicas, sem concurso, indícios de favorecimento a alguém? Ou seja, ninguém suspeita aqui de crimes de prevaricação? Estará o Ministério Público a investigar? Há notícia disso?
Naaa! Haveria se José Sócrates tivesse comprado os tais sapatos… ou se fosse uma revista em Gondomar... Felgueiras, Oeiras... ou coisa assim, pequena!
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Direito de Resposta
Como facilmente se percebe (e eu previa)... a publicação desta nota na página das "cartas do leitor" não respeita a Lei de Imprensa. Ou alguém poderá pensar que o destaque deste texto é equivalente ao da notícia que o originou?
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Major falou sobre o livro na TVI
Uma das afirmações mais interessantes foi quando Valentim Loureiro reconheceu que, muitas vezes, o seu "perdão" a quem supostamente lhe faz mal... não é do coração, mas é puramente estratégico! Conforme, aliás, o autor sustenta no seu livro.
Júlia Pinheiro acabou por explorar alguns dos episódios relatados por Nuno Nogueira Santos na obra editada pela Prime Books, entre os quais, um passeio de MINI Cooper em Gondomar, as missas durante as sardinhadas, os jantares e almoços com idosos e os voos de avião dos alunos a Lisboa.
Ponto alto foi a descrição de uma sessão de acupunctura a que Valentim Loureiro se sujeitou... antes de uma conferência de imprensa que deu na sede do seu adversário (!!!) em plena campanha eleitoral.
Sem desmentir nenhum dos factos relatados no livro (mesmo os mais controversos e negativos para si), Valentim Loureiro assumiu-se "imune às balas"!
A "VARINHA MÁGICA" NA TVI
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Apresentação em Gondomar - Quinta-feira, dia 30 de Outubro, pelas 21,30 horas na Bertrand do C.C. Parque Nascente
Como fui constituído arguido pelo MP... ou as "amplas liberdades" de um comunista!
No livro que escrevi - A VARINHA MÁGICA DE VALENTIM LOUREIRO - conto um episódio que se passou comigo.
Inacreditavelmente, 34 anos após a Revolução dos Cravos, fui constituído arguido pelo Ministério Público, que assim me manteve (com Termo de Identidade e Residência) durante um ano exacto! E porquê?
Por ter tirado um fotografia a uma manifestação!!!
Na verdade, o mais incrível dessa história, é ter sido constituído arguido porque um "destacado dirigente do PCP" apresentou queixa contra mim, usando e abusando da sobrecarregada máquina da Justiça para me tentar intimidar.
Apesar de me ter conseguido sujeitar a essa condição e a um interrogatória judicial, a verdade é que falhou nessa sua pretensão!
A história completa conto-a no meu livro, fazendo questão de publicar a controversa fotografia que ofendeu um comunista convicto... das "amplas liberdades"!
sábado, 25 de outubro de 2008
Mais um pedaço do meu livro que deixo cair para a blogosfera...
Só recentemente li num blog que entre Luís Filipe Menezes e Marques Mendes haveria apenas 2,5 cm de diferença. Mesmo desconfiando da precisão da medição, admito que sim, que nenhum dos três se destaque pela estatura física. (...)
Apresentação em Gondomar
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
O "corta e cose" das notícias
É uma espécie de "corta e cose" digital.
Conheço alguns jornalistas que se viciam nesse prazer... a que chamo, pomposamente, mimetismo, no meu livro.
Como diria o Octávio Machado: "vocês sabem do que eu estou a falar"...
A prova que faltava e o Prefácio de Jorge Morgado
"Eu terei sido das primeiras pessoas a ver Valentim Loureiro distribuir electrodomésticos. E, enquanto jornalista, fui seguramente o primeiro a relatar aquela prática, que viria a tornar-se imagem de marca do Major. Longe estaria sequer de supor que, mais tarde e durante anos a fio, teria que conviver frequentemente com essa história e habituar-me a explicá-la com regularidade."
(...)
"O excesso de exposição mediática – que conduziu a uma saturação perfeitamente escusada –, e um incontornável défice de contenção verbal levaram o Major a envolver-se (a vontade de participar foi sempre um dos seus ímpetos mais dificilmente moderáveis), em polémicas que nem sempre o favoreceram. Lembro-me, por exemplo, do Mundial de Futebol de 2002 e da sua apaixonada defesa da agressão de João Vieira Pinto a um árbitro. Foi, que me recorde, o único português a fazê-lo, defendendo o jogador durante semanas a fio, contra tudo o que ditaria o politicamente correcto e a moderação, dois argumentos que nunca o preocuparam demasiado."
(...)
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Onde comprar?
(montra da Livraria Bertrand no Centro Comercial Parque Nascente)
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Falta de rigor: o cancro do jornalismo
Os jornalistas/políticos, os técnicos/jornalistas e os políticos/técnicos
Foi muito interessante assistir ao desenrolar da conversa, em jeito informal, que me foi dando pessoalmente argumentos para aceitar essa obra pública como boa e cuja utilidade ainda não tinha conseguido entender.
De qualquer forma, serve este exemplo para ilustrar (e aplicar a Portugal) aquilo que ontem postei acerca de Obama e McCain. Isto é, acerca do medo de errar, que é tal, que leva os políticos a inverterem a sua própria razão de existir.
Nesse jantar debate a que assisti, a Secretária de Estado Ana Paula Vitorino fez uma longa e técnica explicação acerca do TGV. Percebemos todos. Depois, veio o Professor Álvaro Costa, e fez a apologia da prioridade a Norte, para aquela obra. De seguida, um espanhol, representante do projecto espanhol do TGV na Galiza, explicou-nos o que se vai passar do lado de lá da fronteira, quanto à linha Porto-Vigo.
Finalmente, Carlos Magno, elogiou “a Ana Paula”, com quem acabara de jantar e elogiou, sobretudo, o seu discurso “engenheiral”.
Ora, eu não elogio os governantes quando eles têm discurso “engenheirais”. E não me refiro, concretamente, àquele jantar que, além de agradável, até seria um bom local para se inverterem papeis. Mas, o facto, é que em Portugal se assiste actualmente a um enorme medo de fazer política.
Aquilo a que assisti naquela noite é, afinal, muito parecido com o que tem sido a vida política portuguesa. Os políticos falam como técnicos, os técnicos são mais mediáticos que os jornalistas e os jornalistas fazem política…
De facto, a política está tão desacreditada, que nem os políticos conseguem assumir as suas próprias convicções. Para darem um passo, encomendam 20 estudos que possam sustentar o que querem fazer, sem terem que o assumir politicamente.
Gostava, por uma vez, de ver os políticos fazerem política, assumindo os erros, quando os houver, e credibilizando a sua própria existência, sem terem que se pendurar permanentemente nas opiniões dos técnicos e no aval dos jornalistas. Claro que os estudos são necessários e que a crítica jornalística pode e deve ser pertinente, mas, neste momento, a inversão de valores é total.
No meio de tudo isto, chocou-me algo que ninguém deve ter reparado. Enquanto, naquela sala, ouvíamos Carlos Magno fazer política, Álvaro Costa passar por jornalista e a “Ana Paula” fingir ser um técnico, o “nosso amigo espanhol” (como alguém a ele sse referiu), acabou por nos dizer onde passará o TGV na Galiza, quantas pontes terá, quantos túneis atravessará, qual a profundidade dos túneis, como entra nas cidades, onde serão as estações, quando estará pronto e quanto custa. Além do mais, que me lembre, foi o único orador que tratou "a Ana Paula" por "senhora Secretária de Estado"!
Voltando a concordar que, de vez em quando, faz sentido invertermos os papéis e discutirmos informalmente estas questões, na verdade, a vida política portuguesa tem sido isto. Falamos muito, ninguém assume as suas reais responsabilidades políticas com coragem e, no final, ouvimos dizer que Espanha já fez ou já está a fazer…
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Uma gaffe, um pedido de desculpas a João Semedo e o medo de errar em Obama e McCain
Mas é ainda com maior satisfação que vou sabendo da opinião de gente da política, do jornalismo, da comunicação. Sempre disse, que gostava que o meu livro fosse também lido nessa perspectiva técnica.
Entre os telefonemas e mensagens que tenho recebido, uma recordou-me ontem um dos episódios que relato no livro.
É um episódio que se refere a uma gaffe cometida por mim, quando, minutos antes de um debate autárquico na Rádio Renascença, cometi uma infelicidade enquanto tomava café com o moderador. A minha gaffe consistiu em ser pouco delicado ao referir-me ao candidato do Bloco de Esquerda, João Semedo, sem me aperceber que este poderia estar a ouvir, uma vez que se encontrava atrás de mim.
Esse meu momento infeliz fez-me meditar. Na altura e agora. Na verdade, não cheguei a saber se João Semedo ouviu a minha conversa com o jornalista da Rádio Renascença. Mas quando acabei de proferir uma frase menos elegante referindo-me ao adversário político de Valentim Loureiro, dei de caras com ele. O que me perturbou foi ter tido a plena consciência de que, além de político e adversário, João Semedo é pessoa humana.
Serviu esse episódio para tentar demonstrar que, por detrás de cada julgamento sumário, de cada erro ou leitura precipitada que, por vezes, temos tendência a fazer sobre quem apenas conhecemos dos ecrãs e dos jornais, há pessoas como nós. Pessoas que também erram que também cometem gaffes e que, por vezes, se sentem injustiçadas pelas leituras apriorísticas que fazemos sobre todos os seus actos.
A vida pública e, em particular a vida política, tem-se especializado neste tipo de julgamento. E não se pense que esse é um mal português. Uma gaffe, um erro humano, uma infelicidade podem deitar por terra uma eleição… mas apenas se for público. Também no meu livro, aludo ao que aconteceu com Manuel Maria Carrilho e Carmona Rodrigues, em Lisboa, no célebre aperto de mão no final de um debate, revelo o que aconteceu nos bastidores de debates contemporâneos, com Valentim Loureiro, e nunca foi notícia, mas também procuro mostrar como é injusto, por vezes, este mundo global da comunicação.
Ainda há dias, a propósito das eleições nos Estados Unidos, via na televisão uma reportagem sobre a história das gaffes cometidas por candidatos presidenciais no passado. Num dos casos, a gaffe terá sido o candidato ter olhado para o relógio durante um debate. Esse gesto pode ter custado uma eleição e pode ter alterado o rumo dos Estados Unidos, que é como dizer, do Mundo.
Nas palavras de Obama e McCain consigo ler, mais do que propostas concretas para transformar para melhor a vida das pessoas, o pânico de também cometerem uma gaffe, que os tornará “carne para canhão” na injusta “guerra mediática”.
Tenho pena que assim seja. Tenho pena que hoje se exija à figura pública qualidades inumanas e não, qualidades de ser humano que possam ajudar-nos a sermos mais felizes.
No meio de tudo isto, e voltando ao início deste post, a mensagem que o José Carlos Gomes (ex-assessor do Bloco de Esquerda na campanha Autárquica de 2005) me enviou para o e-mail, vale muito para mim.
Quanto mais não seja, prova-me que já valeu a pena ter pedido desculpa a João Semedo no livro que escrevi.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Leituras "apriorísticas"
domingo, 19 de outubro de 2008
Queixa na ERC contra o provedor da RTP (continuação)
Leia, a seguir, alguns excertos do livro "A Varinha Mágica de Valentim Loureiro":
(...)
Nem o interesse demonstrado por mais de um milhão de portugueses na entrevista que Valentim Loureiro deu a Judite de Sousa parece ter convencido o provedor do telespectador da RTP. Nove dias depois da entrevista, a 31 de Março, Paquete de Oliveira voltou a atacar, conforme a premonição do jornal Tal & Qual.
Fazendo uso do tempo de antena que a Lei lhe confere, ao atribuir-lhe um programa em horário nobre na RTP, com o objectivo de responder às queixas e questões dos telespectadores, o provedor tentou humilhar o Major. Fez, para isso, uma emissão de A Voz do Cidadão dirigida contra Valentim Loureiro, procurando demonstrar que a RTP não lhe deveria ter dado palco com a Grande Entrevista.
(...)
Das palavras do próprio provedor durante esse programa, cito as seguintes afirmações:
O gabinete do provedor recebeu muitos protestos pelo facto da RTP ter transmitido, na passada semana, uma grande entrevista com Valentim Loureiro. Indignavam-se - era o termo - conceder essa oportunidade a um cidadão, neste momento, acusado de vários crimes. Achavam grave a RTP contribuir para satisfazer o desejo expresso por Valentim Loureiro de ser julgado através da televisão. Vamos dar atenção a este caso.
Mais adiante disse mesmo:
Parece estarmos perante um caso em que o interesse jornalístico choca com o princípio de igualdade de tratamento que está assegurado a todo e qualquer cidadão. O que está causa nesta entrevista é a situação de privilegiar pessoas, porventura, pela sua notoriedade, ou a pedido. Esta entrevista terá servido Valentim Loureiro. Não me parece ter servido a cidadania.
Ignorando os seus deveres legais e os preceitos a que se obriga o provedor do telespectador nos seus próprios estatutos, Paquete de Oliveira e o seu gabinete foram ainda mais longe, não procurando na direcção da RTP qualquer reacção ou explicação, limitando-se a transmitir queixas. Por outro lado, não ouviu os visados, nomeadamente o Major Valentim Loureiro, a quem deveria ter sido dada a possibilidade de se manifestar ou, no mínimo, alguém por ele, explicando a sua posição. Pior ainda, a jornalista Judite de Sousa também não foi ouvida. Judite de Sousa viria, aliás, a apresentar queixa junto do provedor, por não lhe ter sido dada essa possibilidade. No seu relatório anual, Paquete de Oliveira faz referência a essa queixa apresentada pela jornalista, mas não transcreve a sua resposta nem explica o porquê dessa sua actuação parcial.
O provedor não cumpriu, portanto, a sua obrigação e abusou simplesmente do tempo de antena de que dispõe. Um direito, contudo, muito especial e que a Lei lhe atribui com fins muito específicos, e cujo único objectivo deverá ser o de esclarecer o telespectador e procurar junto dos visados respostas. No final, poderá, então, dar o seu parecer.
Mas… Paquete de Oliveira foi ainda mais longe. Colocando a cereja no cimo do bolo, iniciou o seu programa com imagens de Valentim Loureiro, vinte anos antes, num talk-show da RTP, cantando o fado. Juntou ainda imagens de Valentim Loureiro a entrar no Tribunal de Gondomar, para completar o quadro. Estava, por isso, totalmente cumprida a premonição do Tal & Qual.
O provedor estava a actuar. Muito para além do que a Lei lhe confere, é certo, mas estava a actuar.
(...)
Estudei a Lei e fiquei a saber que diz textualmente o seguinte:
O provedor do ouvinte e provedor do telespectador devem ouvir o director de informação ou o director de programação, consoante a matéria em apreço, e as pessoas alvo de queixas ou sugestões, previamente à adopção de pareceres, procedendo à divulgação das respectivas opiniões.
Ora, o provedor não apenas não fez nada disso, como ainda usou o tempo de antena que a Lei lhe confere para humilhar um cidadão, dando a sua opinião sobre o assunto e não consultando ninguém. Pior do que isso, o provedor usou abusivamente o arquivo da RTP e esqueceu passagens da própria entrevista, que desmontava a sua tese. Durante a entrevista a Judite de Sousa, Valentim Loureiro desmentiu ter feito a afirmação de que queria ser julgado
na TV, mas o provedor baseou toda a sua teoria no pressuposto contrário.
(...)
Entrei, então, em contacto com a chefe de gabinete do provedor, a jornalista Fernanda Mestrinho. Tratando-se de uma jornalista, julguei que iria receber da sua parte alguma compreensão e que me ajudasse a explicar ao Major o que tinha passado pela cabeça do provedor naquele dia. Sobretudo, procurava que o espírito inventivo do seu gabinete encontrasse uma forma de pedir desculpas pela forma como o assunto tinha sido abordado no programa. No entanto, falar com Fernanda Mestrinho foi a mesma coisa que falar com um burocrata de um país da América do Sul. O resultado foi nulo. Para a chefe de gabinete de Paquete de Oliveira, ele faz o que quer e ponto final… e com o seu apoio, claro. Fiquei, por isso, com a sensação de estar a tentar dialogar com o chefe da casa civil de Hugo Chavez e desliguei o telefone, procurando outras soluções.
Propus então a Valentim Loureiro fazer uma queixa contra o programa dirigida à E.R.C. - Entidade Reguladora da Comunicação Social, tanto mais que a direcção da RTP não tem, sobre este programa específico, qualquer poder ou responsabilidade. A própria RTP era, aliás, criticada pelo provedor e a dignidade profissional de Judite de Sousa não ficava muito bem na fotografia
traçada por Paquete de Oliveira.
Fiz questão de assinar eu próprio a queixa.
A E.R.C. viria a deliberar sobre o assunto a 31 de Maio de 2007. Mas… deliberava que… não iria deliberar.
Numa resolução que mereceu voto favorável de apenas três dos seus cinco membros, a E.R.C. deliberou não se considerar competente para conhecer a queixa, já que a lei que estabelece o estatuto do provedor não confere àquela entidade a supervisão do provedor do telespectador, justificando com o facto do seu programa não estar sob a alçada da direcção da RTP. Mais adiante, esclarece que o queixoso poderia ter recorrido à figura do direito de resposta, dizendo
que esse é um direito constitucional.
Ora, pergunto eu: e se o provedor e a sua chefe de gabinete se recusassem a publicar o direito de resposta? Cabe à E.R.C. fazer cumprir esse direito! Numa penada, a E.R.C. sacudia a água do capote, considerando que o programa do provedor não é comunicação social, sugerindo, de seguida, que queixoso usasse um preceito a que estão obrigados os órgãos de comunicação social… e que ela própria (E.R.C.) tem a obrigação de fazer cumprir. Esta E.R.C., que se obriga a assistir às arbitrariedade e violações do senhor provedor, é a mesma que se acha no direito de supervisionar e multar boletins municipais e sites das câmaras municipais, obrigando-as a preceitos destinados a órgãos de comunicação social.
Mesmo com bandidos e com Hugo Chavez a presidente, ponderei, por aqueles dias, emigrar para a Venezuela.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
(continuação) depois da entrevista
A entrevista teve 24,4 por cento de share total e 9,2 por cento de audiência total, ou seja, cerca de um milhão de telespectadores em Portugal Continental, tendo sido uma das maiores audiências de sempre da Grande Entrevista de Judite de Sousa.
(...)
A noite estava ganha, do ponto de vista mediático.
Mas houve quem não tivesse gostado. Não tanto da performance de Valentim
Loureiro, mas do sucesso da entrevista…
(... continua...)
As pressões acerca de uma entrevista na RTP, o Provedor do Telespectador, uma estranha notícia no Tal & Qual e a queixa à ERC
Tudo começou com uma entrevista que Valentim Loureiro aceitou dar à RTP acerca do processo Apito Dourado, continuando com uma estranha notícia no Tal & Qual e com um programa A Voz do Cidadão, de Paquete de Oliveira. Ao longo dos próximos dias, publicarei excertos do meu livro relacionados com este caso. O livro já está à venda, nas principais livrarias de todo o país, podendo também ser adquirido online, no site da Primebooks.
Excerto 1:
"(...) Contudo, a guerra de bastidores em redor desta entrevista não terminaria aí. Inusitadamente, e ainda a promoção à Grande Entrevista não estava no ar, uma notícia do jornal Tal & Qual deixou-me estupefacto. Segundo a notícia, os telespectadores não queriam que Valentim Loureiro fosse entrevistado.
Dizia a peça jornalística que o provedor do telespectador da RTP tinha recebido uma chuva de protestos no seu gabinete, depois de se saber que Valentim Loureiro seria entrevistado por Judite de Sousa.
Estranhei várias coisas nesta notícia. Primeiro, seria invulgar que telespectadores se manifestassem em massa por uma questão destas. Mesmo os mais indefectíveis adversários de Valentim Loureiro gostariam, certamente, de saber o que teria para dizer. Muito menos provável seria que uma chuva de cidadãos indiferenciados se desse ao trabalho de escrever ao provedor do telespectador, pedindo que censurassem previamente uma entrevista. Além do mais, seria inédito, ou quase, no pós 25 de Abril.
Mas havia outros pormenores estranhos. O Tal & Qual em causa foi publicado a 16 de Março estando a entrevista marcada para o dia 22 de Março. Ou seja, a notícia foi publicada seis dias antes da entrevista, mas dizia que os protestos teriam sido motivados pelo facto de Valentim aparecer nas promoções ao programa. Ora, as promoções do programa apenas começariam a ser emitidas no próprio dia da publicação do Tal & Qual. Estávamos, por isso, perante uma notícia do futuro, aludindo a algo que fisicamente era impossível já se ter passado. Isto é, como os jornais são escritos de véspera, era impossível, à data da notícia, que tivesse havido reacção a algo que apenas aconteceria a partir do dia da publicação.
O jornal citava mesmo o director de informação da RTP que dizia saber da existência de cartas ao provedor, não conhecendo o seu conteúdo. Contudo, afirmava continuar a haver interesse em entrevistar Valentim Loureiro.
O Tal & Qual ia mais longe, escrevendo mesmo: O caso promete não ficar por aqui. É previsível que o provedor vá actuar.
Esta notícia, que parecia ter origem na vidente lá da rua, adivinhando as cartas que os telespectadores iriam escrever depois da promoção ir para o ar, conhecendo até que Valentim Loureiro apareceria no spot e, mais ainda, que o provedor iria actuar, podia ser lida de outra forma. Assumindo que o seu carácter esotérico apenas tem valor para quem acredita em bruxas, o que não é o meu caso, tinha como única explicação uma inaceitável e pouco ética forma de pressão. E quem faltava à ética? A jornalista que a escreveu? O provedor? Ambos? O desenrolar dos acontecimentos haveria de nos dar pistas de que não foi a vidente lá da rua quem cometeu essas proezas de adivinhação e premonição e que, se houve alguém a querer usar a comunicação social para fins pouco éticos, não foi Valentim Loureiro. (...)"
in "A Varinha Mágica de Valentim Loureiro", capítulo IV
Preconceito
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
RTP, pluralismo e ERC
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Imagens do lançamento
Ainda o lançamento
Hoje, 19,30 horas no Portocanal
Obrigado!!
Ah! E ter recebido um beijo especial da minha insuperável Mãe, soube tão bem!
... e da minha Carla, do meu Tiago... das minhas irmãs...
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Lançamento é hoje às 19 horas, na Bertrand de Júlio Dinis, no Porto
Depois de alguma hesitação, acabei por me limitar, praticamente, a ler este pequeno texto no lançamento do meu livro. Aceito, sobre o meu livro, todas as críticas... a quem o ler!
TSF revela que Major ponderou candidatura à Presidência da República
Lançamento hoje no Porto
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Já pode comprar online
domingo, 12 de outubro de 2008
Era escusado!
Pré-publicação no "Avada Kedavra"
sábado, 11 de outubro de 2008
PRIMEIRA PRÉ-PUBLICAÇÃO
(...)
(….)
Além da viagem de avião a que todos os portadores do cartão têm direito, aquele instrumento abre-lhes a porta a participarem em inúmeras acções sócio-culturais promovidas pela Câmara e, no Verão, é costume haver passeios e almoços com estes cidadãos. 2005 não foi excepção. O problema é que, em Outubro, havia eleições…
Seis ou sete mil idosos inscreveram-se no programa desse Verão, denominado Gondomar Douro Acima. Em Setembro, zarparam, em grupos de poucas centenas, num paquete que os levava numa bonita viagem fluvial.
O programa incluía sempre um almoço a bordo, perto da Barragem de Crestuma-Lever, a que se juntava o presidente e que incluía um discurso muito especial.
(…)
Comido o tradicional lombo de porco assado com batatas (não sei quantas vezes comemos lombo de porco assado com batatas naquelas semanas), o Major discursou, como habitualmente.
O seu discurso dividia-se em três partes, obedecendo a uma rigorosa estrutura retórica. Era curioso vê-lo discursar todos os dias para um novo grupo de idosos. Sempre com o mesmo timbre, expressões e estrutura, o texto ia evoluindo e sendo aperfeiçoado a cada dia. Mesmo os tiques, a entoação e a sua postura iam merecendo melhoramentos.
Ao almoço, Valentim parecia sempre mastigar muito bem cada detalhe do discurso que iria fazer a seguir. O que provocara, na véspera, maiores aplausos e maior emoção, Valentim mantinha e enfatizava no discurso do dia. O que não resultava tão bem, sofria um upgrade, um novo registo ou era mesmo retirado do texto que o Major mantinha na cabeça.
Mesmo o momento de maior emoção, em que os lábios do presidente tremiam e os olhos se carregavam de água era repetido, aperfeiçoado e melhorado de dia para dia, parecendo cada vez mais autêntico e genuíno. Por vezes, havia pequenas adaptações retóricas tendo em conta a freguesia a que pertenciam os idosos daquele dia.
No começo do discurso, o Major lembrava a sua condição de presidente de câmara, recusando qualquer confusão com o candidato Valentim Loureiro, e dizia algo parecido como isto:
– Vocês sabem que eu estou aqui hoje convosco, como estou todos os anos, todo o ano, onde quer que nos possamos encontrar, porque entendo que, enquanto presidente da Câmara, é minha obrigação estar ao vosso lado.
Ficava assim justificada a sua presença e afastada a confusão entre o candidato e o presidente. No entender de Valentim Loureiro, apenas por ser candidato não se deveria coibir de cumprir as tarefas de todos os anos. Algumas vezes, o Major chegava a dizer:
– Eu não tenho culpa que tenham marcado as eleições para Outubro. Não fui eu que as marquei. Nem deixaria de estar convosco só porque vai haver eleições.
Depois, passava a uma fase mais emotiva do discurso, onde se tornava no pai de filhos ou no avô de 11 netos, incluindo-se a ele próprio no grupo dos cidadãos idade mais, já que ultrapassara os 62 anos. Era frequente deixar transparecer na voz alguma emoção, quando falava em dificuldades da vida, pelas quais todos passamos, e afirmava saber bem o que era passar por problemas.
Não se esquecia nunca de usar termos como solidariedade e gratidão, agradecendo a todos o facto de terem sempre estado a seu lado, nos momentos mais difíceis.
Finalmente, o discurso, que durava uns bons 20 ou 30 minutos, terminava com uma promessa:
– Não sei se estarei neste cargo daqui a um ano, mas não tenho problemas em afirmar que, enquanto for presidente da Câmara, a nossa política de apoio social não vai mudar.
Esperava pelas palmas, normalmente batidas de pé, e rematava:
– Eu nunca vos esquecerei, nunca vos esquecerei. Vocês são espectaculares… Esta era a parte mais enfatizada por Valentim Loureiro, que subia a voz a decibéis que só ele consegue atingir num discurso político, actualmente.
A câmara da SIC registou as palavras, o estilo, os termos usados pelo Major e o jornalista Carlos Rico entrevistou-o no final. Retive as expressões do Major nessa curta entrevista, ainda a bordo do paquete, rodeado de entusiastas com mais de 62 anos:
– Há quem diga que isto é populismo. Eu acho que isto é popular. Mas, se populismo é fazermos aquilo que as pessoas esperam de nós, se populismo é dar um dia de felicidade por ano a quem nunca a tem, abrindo-lhe os horizontes do Mundo, então eu sou populista. E digo já aqui que a nossa política vai continuar a ser esta, pelo menos se eu por cá continuar. Outros farão diferente e poderão cancelar estes programas se forem eleitos. Eu, digo já que não. Esta é a minha política.
Este género de resposta do Major não era novidade para mim e era absolutamente genuína. Lembro-me de, internamente, por várias vezes, estes passeios e acções serem discutidas entre nós, nomeadamente com o vereador da educação, cultura, acção social, desporto e juventude, o inatacável Fernando Paulo. E, mesmo entre nós, Valentim Loureiro não abdicava de defender as posições que tomava publicamente.
A poucos dias das eleições, sentados na sede de campanha, Major, dois ou três vereadores, a sua filha e a sua mulher, falavam a propósito das viagens no Douro, dos voos para Lisboa ou das aulas de natação proporcionadas aos idosos. Valentim defendia sempre que o impacto que tais benesses tinham no orçamento da câmara era muito reduzido. Lembro-me mesmo de se virar para o seu vereador e questioná-lo:
– Ó doutor, diga-me lá o que é que nós fazíamos com este dinheiro? Mais uma rua? Mais uma rotunda com um repuxo? E as pessoas eram mais felizes com isso ou são mais felizes com estes programas que lhes proporcionamos?
A questão é mais profunda do que parece e fez-me muitas vezes duvidar, mas não deixei, nesse momento, de me lembrar de conversas que eu próprio tinha tido, pouco tempo antes, durante as legislativas, com amigos e familiares.
Um cunhado meu, professor universitário, afirmou um dia que iria votar em José Sócrates, então candidato a primeiro-ministro. O PSD de Santana Lopes tinha-lhe roubado os benefícios fiscais do PPR que andava a fazer. Sócrates prometia o regresso desses benefícios, enquanto Santana Lopes prometia manter a sua política.
(…)
Prometer, em campanha, devolver os benefícios fiscais aos PPR é exactamente a mesma coisa que prometer retirar do Orçamento de Estado alguns milhões de euros para dar um subsídio extraordinário a uma parte da classe média alta portuguesa em forma de devolução no IRS. Ou, dito de outra forma, proporcionar umas férias em Cuba ou na Riviera Maia aos detentores de PPR não é populismo. Mas pagar um dia de felicidade único a cidadãos cuja sociedade quer enterrar silenciosamente em Melres, nas Medas, na Lomba ou, simplesmente, na floresta de betão das grandes cidades, já é populismo.
Quanto a mim, não entendo onde está a diferença. No entanto, nos corredores da Assembleia da República, prometer benefícios fiscais em PPR é política económica, mas fazer passeios com velhinhos no Douro é política barata e populista, própria de caciques de província!
Não querendo ser fundamentalista, digo eu, ambas as políticas fazem parte de um valor inabalável da política: a hipocrisia, que num e noutro caso se aplicam com toda a propriedade. Por maior que seja a boa vontade de ver nos políticos outra prioridade que não seja a da sua própria eleição, esbarro quase sempre nessa convicção.
(…)
Imprensa
Jornal de Notícias e Público avançam hoje alguns pormenores de texto do livro que a partir de terça-feira estará à venda. O JN refere-se a um episódio envolvendo buscas da PJ à Câmara de Gondomar e o Público ao relacionamento de Valentim Loureiro com José Sócrates.
Link para as edições online do Jornal de Notícias